O ambiente em São Januário na tarde de ontem esteve em ebulição, com um tumulto envolvendo o ex-presidente Eurico Miranda, que foi embora do estádio após uma confusão nas sociais entre torcedores, alguns exaltavam, outros vaiavam o dirigente enquanto transcorria a partida Vasco x São Paulo, pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro. Eurico nega que havia a presença de arma de fogo na confusão e diz que não foi ao jogo acompanhado por um segurança:
“Eu tenho meus camarotes em São Januário, vou com meus netos e fico sentado no meu canto, não faço qualquer tipo de manifestação ou provocação. O que acontece é que uma série de pessoas me preocupam para tirar fotografia comigo. Ontem mesmo, deixei meu carro no estacionamento e até chegar ao camarote tirei mais de 20 votos. Eu sempre faço o seguinte, saio um pouco mais cedo, faltando no máximo 10 minutos eu saio, para pegar meu carro antes e não ter tumulto numa saída. No fato de ontem, coincidentemente, xingavam bastante o Roberto, de todo tipo de nome e quando estou passando no corredor que atravessa a tribuna, gritavam“Eurico, Eurico”. Alguns caras ouviram e começaram a vaiar. Passei por uma pessoa que se passava Jackson e ao passar, ele disse para que eu não encostasse nele. Posso ter feito isso, mas só para passar. Depois disso, levanta um outro, chamado Bruno Isaac, que começou a vociferar e eu não dei atenção. Houve uma intervenção da Polícia Militar e eu fiquei andando. Tomei conhecimento que eu tive que sair de São Januário por estarem me vaiando, se distorceu uma coisa que não tem nada a ver. Teve um lá que inventou que puxaram uma arma, coisa que é uma mentira da grossa, ninguém puxou arma, se puxaram, não estava comigo. Há diversas testemunhas que não viram arma nenhuma. Inventaram que puxaram arma e que seria de um segurança meu, eu não fui ao jogo com segurança nenhum, fui acompanhado por um cara que é sócio do Vasco, que estava de bermuda, fez o favor de dirigir o carro pra mim. A única coisa que eu não quero é confusão, o Vasco não pode ter confusão nunca agora. O Vasco precisa alertar esses caras que estão no comando para que o clube não vá irremediavelmente para a segunda divisão. No meu entendimento não tem perigo iminente, é preciso se alertar, mostrar que esse tipo de coisa não pode continuar do jeito que está acontecendo", disse Eurico à Rádio Manchete.
Por: Cesar Augusto Mota