Duas das maiores polêmicas de arbitragem no Campeonato Carioca envolveram o Vasco e o auxiliar Luiz Antônio Muniz de Oliveira. A mais recente foi na decisão, no último domingo, no Maracanã: o bandeirinha não marcou o impedimento de Márcio Araújo no gol rubro-negro, que garantiu o empate por 1 a 1 e o título ao Flamengo. Também no clássico, mas na fase de classificação, Douglas fez um gol de falta, a bola ultrapassou a linha em 33cm, e o gol vascaíno não foi validado. No "Arena SporTV" desta terça-feira, o ex-árbitro e comentarista Leonardo Gaciba lembrou que os assistentes não são sorteados e criticou a decisão da Comissão de Arbitragem (assista ao vídeo).
- Lembro que assistentes são escalados e não sorteados. Está colocado ali porque a Comissão queria que ele tivesse exatamente naquele lugar. Me parece que não foi a decisão acertada - disse.
Após a polêmica no gol de Douglas, o Vasco chegou a solicitar que nenhum dos árbitros que atuaram naquela partida voltassem a ser escalados em seus jogos. Em uma segunda solicitação, o clube pediu a escalação de árbitros de fora do Estado nas fases decisivas. Para Gaciba, há bons nomes na comissão local, no entanto, o assistente já envolvido em outra polêmica poderia ter sido preservado.
- Acho que seria bem melhor colocar outro, até porque o Rio de Janeiro tem muitos árbitros assistentes num nivel muito bom para fazer a final. Me parece que é um pouco de cisma, de birra, tipo: "Eu tenho poder, posso colocar esse cara aí e ninguém vai dizer que não é pra colocar ele" - afirmou Gaciba.
No gol polêmico da final, Márcio Araújo estava impedido quando mandou para as redes. Na súmula, o árbitro deu o gol para Nixon, que estava em posição regular, o que também rendeu muitas críticas. Para Gaciba, não havia dúvidas em relação ao autor do gol e os árbitros tinham conhecimento disso.
- Obviamente essa informação chegou no vestiário rapidamente, em seguida do término do jogo e da polêmica que tinha acontecido. Talvez a própria equipe de arbitragem teve a intenção de justificar seu erro e aí, para mim, fica mais feio do que realmente aconteceu - disse.