Vinte e quatro anos depois, a história pode se repetir em São Januário. O Vasco de Jorginho está a um empate de conquistar o Estadual e levantar o título de forma invicta, assim como fez o time comandado por Joel Santana em 1992. Foi o primeiro troféu da carreira do Natalino no país. Se tudo der certo para o Cruz-maltino, será também o primeiro de Jorginho no futebol brasileiro.
- Não é todo dia que isso acontece, mostra como você foi soberano - afirmou Joel Santana, para completar com o tradicional bom humor: - A memória do papai pode falhar, mas me lembro que era um time muito forte. Tínhamos Edmundo, Bismarck, Valdir, Dinamite...
A campanha invicta daquele ano foi o canto do cisne do maior ídolo do clube. Roberto Dinamite, aos 38 anos, voltou ao clube onde fez história para encerrar a carreira com o pé direito. O desfecho não poderia ter sido melhor. O Vasco venceu 18 vezes e empatou apenas seis. Conquistou Taça Guanabara e Taça Rio e, assim, nem precisou disputar uma final para vestir a faixa de campeão.
- Foi meu único título invicto, encerrando a carreira - ressaltou Roberto Dinamite: - Foi especial para mim, mas recordes estão aí para serem batidos. O Vasco atual tem muita regularidade.
O forte da equipe atual é a defesa, enquanto o Vasco de 1992 se destacou pela qualidade na frente. Ainda assim, a retaguarda tinha seus méritos. Carlos Germano assumiu o gol naquele ano e a dupla de zaga formada por Jorge Luis e Alexandre Torres passava segurança.
- Não perdemos no Estadual e, na temporada inteira, somamos poucas derrotas (oito em 78 partidas) - destacou Alexandre Torres: - Ser campeão invicto serve de estímulo para qualquer um.