Futebol

Felipe pode encerrar a carreira no Vasco em 2012

Após cinco anos no Catar, Felipe decidiu matar a saudade do Brasil. Na última semana, o meia acertou contrato de dois anos e meio com o Vasco, onde começou a carreira e onde pretende, ao fim de 2012, pendurar as chuteiras. Nesta entrevista ao Jogo Extra, o jogador elogiou o novo meio-campo do time, com ele, Carlos Alberto e Zé Roberto, e garantiu que seus dribles continuam ousados. Sobre Copa do Mundo, lamentou que a seleção de Dunga tenha optado pelo pragmatismo e, embora na torcida pelo Brasil, demonstrou simpatia pela Espanha.

Você ainda tinha um ano de contrato no Al-Sadd. Por que voltar agora ao Brasil?
Vim ao Brasil passar férias, mas aconteceu. Sentia saudade de jogar num futebol difícil como o brasileiro. O Vasco me apresentou um projeto muito legal, e espero ter as mesmas alegrias que tive no passado. Dias melhores virão.

Prometeram a você que o time do Vasco será reforçado com outros jogadores?
O Rodrigo (Caetano, diretor executivo do clube) está correndo atrás. Mas comigo, o Carlos Alberto e o Zé Roberto, o Vasco irá subir de produção.

Você vem para ocupar um lugar que a torcida imaginava ser do Juninho Pernambucano. Como é isso?
É impossível um jogador fazer a diferença sozinho. Mas não fujo da minha responsabilidade. Vou procurar jogar com alegria para ajudar o Vasco.

Cinco anos depois, o Felipe tem o mesmo futebol insinuante, de dribles ousados?
Estilo não se muda, apenas a idade. Não tenho como mudar minha maneira de jogar. Continuo o mesmo.

O Vasco será o seu último clube?
Creio que sim. Fiz contrato de dois anos e meio e, ao fim de 2012, pretendo encerrar e curtir os meus filhos. No Catar você era pouco exigido fisicamente.

Como será a readaptação à loucura do futebol brasileiro?
Pra mim é bom. Sou fominha e jogar quarta e domingo me ajudará a recuperar o ritmo. Não jogo há um mês, mas estou bem fisicamente, não tenho tendência a engordar...

Você acha que poderia ter tido mais chances na seleção?
Não reclamo, mas tive poucas oportunidades. Em 2004, joguei um jogo na Copa América. Depois o (Carlos Alberto) Parreira me tirou. Os técnicos têm suas preferências, e é difícil agradar a todos.

Como vê o time de Dunga?
Torço pela seleção, mas gosto do futebol de qualidade. Pelo bem do futebol, a Espanha deveria ganhar a Copa. Acho o futebol de hoje muito robotizado, sistemático. O Brasil está indo pelo mesmo caminho. O futebol que o mundo deveria se espelhar era no do Barcelona. A Espanha não joga como eles, mas parece.

Os árabes estão preparados para sediar uma Copa?
O Catar está tentando sediar a Copa de 2022. O projeto é maravilhoso, mas a religião e os costumes são problemas. Não se pode beber na rua, andar sem camisa... Eles teriam que abrir uma exceção na Copa.

Fonte: Extra
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