Capitão do campeão da Copa do Brasil, Fernando Prass acabou ficando no chão no palco montado pela CBF segundos após erguer o troféu, vítima de objetos atirados pela torcida do Coritiba. A cena foi o ápice de uma sequência de maus-tratos denunciados pelos vascaínos na decisão dessa quarta-feira.
\"É brincadeira, esses caras não aprendem. Tem que banir esta torcida do futebol mesmo. Tacaram pedra, pilha e tudo. Qualquer lugar é lugar para fazerem isso\", reclamou o goleiro, que chegou a ser bicampeão paranaense pelo Coxa, lembrando que o Alviverde paranaense não pode jogar parte da Série B de 2010 no Couto Pereira por invasão de campo e vandalismo no rebaixamento na última rodada da Série A de 2009.
Na partida dessa quarta-feira, Fernando Prass começou a final da Copa do Brasil com um laser verde apontado em seu rosto desde os primeiros minutos. O problema acabou quando Prass, ao lado de Felipe, reforçou a reclamação para o árbitro Sálvio Spínola, que logo pediu ao policiamento para tomar providências.
O que não pode ser resolvido foi o arremesso de pedras mesmo antes mesmo de o Vasco receber a taça. Enquanto os jogadores faziam festa com seus torcedores, objetos eram atirados. Eder Luis até teve que interromper sua entrevista. \"Vamos sair daqui porque estão caindo pedras\", sorriu o atacante.
Ainda antes de o troféu ser entregue, o presidente Roberto Dinamite e o preparador de goleiros Carlos Germano tiveram que intervir para os policias liberarem parentes e amigos da delegação a entrarem no campo para participar da comemoração com os jogadores. Após muita conversa, eles tiveram sucesso na tentativa.
Apesar dos problemas, Eder Luis elogiou a torcida adversária por aplaudir o Coxa mesmo com o vice-campeonato. \"Quero ressaltar o Coritiba e sua torcida, que aplaudiu mesmo com o time atrás [no placar]. Quem ficasse com este título, ele estaria em boas mãos\", elogiou o atacante.