As duas vitórias e os seis gols marcados sob a orientação de Gaúcho vêm acompanhados, até aqui, de ingredientes essenciais que já dão a cara do treinador ao time vascaíno. Ex-zagueiro, adota o estilo da pressão para intimidar os rivais e evitar que derrotas inesperadas ponham o trabalho em xeque e irritem a torcida.
Para Gaúcho, é tudo preto no branco: não admite que qualquer equipe acue seus jogadores, principalmente as de um nível inferior.
É necessário pôr em prática o discurso de que a marcação começa com o pessoal da frente. Assim, resolvo dois problemas de uma vez. Desde a época em que era atleta, tirava os espaços do adversário para que ele não jogasse. É uma questão de filosofia, ainda mais em São Januário apontou ele, cujas explicações foram vistas contra o ASA, com Elton e Coutinho atacando constantemente a saída de bola dos alagoanos.
O resultado disso refletiu-se nos números de posse de bola o Vasco teve 71% na quarta-feira e 56% diante do Fluminense e desarmes, que aumentaram para 32 no clássico, contra 22 no duelo com o Americano, que selou o adeus de Mancini.
A partir daí, o ambiente se tornou leve, como há muito não era. Beneficiado pelo efeito Gaúcho, Elton marcou duas vezes sobre o ASA e enalteceu a influência exercida.
Ele mexeu com tudo. Estávamos como emocional abalado, e a vitória no clássico deu moral. Provamos que podíamos sair dessa. Gaúcho tem o nosso apoio disse o camisa 9.
Coutinho, em contrapartida, ainda não vê o dedo do técnico interino, alcunha ignorada por Élder Granja:
Não o vemos assim, ele já é o nosso treinador. É boleiro, fala a língua da galera e é um grande motivador.