Uma das principais advogadas de jogadores do futebol brasileiro, Gislaine Nunes, acredita que Leandro Amaral tem totais condições de vencer a queda-de-braço com o Vasco. Em casos idênticos, Gislaine já levou a melhor sobre os clubes e conseguiu a liberação dos jogadores.
O principal argumento da advogada é que não existe amparo legal que impeça um jogador de mudar de empregador no final de contrato. Segundo ela, a opção de renovação automática não existe.
- Renovação automática é instaurar a escravidão novamente. Não existe. A Fifa não permite e a Lei Pelé desconhece. Haveria uma possibilidade, um comprometimento entre as duas partes para renovação de contrato. Não uma obrigatoriedade - explicou Gislaine - O Leandro Amaral fez a opção por um novo empregador no final do contrato e tem todo o direito.
A torcida de Gislaine é por Leandro Amaral. Não só por ele ser representado por Heraldo Panhoca, que a ensinou grande parte do que sabe, segundo ela, mas também por ser contra o presidente interino do Vasco, Eurico Miranda, a quem a advogada evita falar o nome.
- Esse dirigente pensa que pode tudo. Espero que ele perca essa briga e todas as outras que vier a ter - afirmou Gislaine, que entre muitas batalhas jurídicas contra o Vasco conseguiu a liberação de Juninho Pernanbucano para o Lyon, da França.
Gislaine Nunes conseguiu a liberação de Manicini do Atlético-MG, em 2001, de Aristizábal, do São Paulo, em 98, e de Maldonado, também do São Paulo, em 2003. Todos os três em situações idênticas a de Leandro Amaral.