Os contratos apresentados pela Globo aos clubes previam que o dinheiro pago pela venda dos direitos de TV fechada do Brasileiro não poderia ser gasto livremente por eles. A receita iria para um fundo que seria administrado pela emissora em conjunto com a CBF.
A quantia arrecadada seria usada para o pagamento das passagens aéreas dos times durante o Brasileirão.
Segundo Marcelo Campos Pinto, executivo da Globo Esporte, porém, o polêmico fundo não foi incluído nas versões finais dos contratos. Ele afirma que a cláusula estava presente em minutas entregues a alguns dos clubes. E que a ideia foi abandonada depois de uma reunião com os cartolas. De acordo com o executivo, a emissora concluiu que seria mais prático a Globo pagar as passagens sem criar o fundo.
A mudança de planos excluiu uma cláusula que poderia fazer o Cade considerar o acordo com os clubes coletivo. A criação de um fundo com dinheiro de todos os times, administrado pela emissora e pela CBF, seria praticamente impossível sem uma ação em grupo. Mas para um trato coletivo o Cade exigia a realização de concorrência, o que não existiu.