Seria demais pretender que um torcedor vascaíno de hoje soubesse quem foi Édésio, Carlos Alberto Garcia ou Genuíno, jogadores do passadão cruzmaltino. E mais ainda se lhe perguntassem por Vadinho. Quem? Um atacante que seguiu os mesmos passos do seu conterrâneo Genuíno, surgindo no Bela Vista, de Sete Lagoas-MG, tentando progredir no Madureira e, deste, pulando para o Vasco da Gama.
Vadinho treinava, em São Januário, mas não conseguia vaga no time titular. Nascido em 8 de julho de 1933 e batizado e registrado por Osvaldo Chaves Cordeiro, ele não se desestimulava. Em 1957, recebeu um convite para trocar a Colina por Lisboa. Lhe disseram que se tratava de uma cidade brejeira, repleta de mármore e de granito, sentada à beira-mar, e cheia de tentações e prosápias. De quê? O mineirinho, então, foi ver que trem era aquele.
Corria o verão lisboeta de 1957, quando o ex-vascaíno Vadinho estreou no Sporting. Viu logo um futebol português, valente, vigoroso, cheio de energia, mas sem ases do esférico, que faziam com um toque na bola, um deslocamento o que os seus novos colegas ainda não sabiam. Então, teve de se virar para marcara seus gols, 32 em 57 jogos oficiais, até 1961. A sua tarde de maior glória foi a de 24 de janeiro de 1960, quando marcou três tentos nos 6 x 1 sobre o Porto. Vadinho foi, ainda, autor de 17 gols, em 29 jogos da temporada-1960, quando o Sporting sagrou-se campeão nacional vascaíno exportação.