Revelado pelo Vasco, ídolo do Vasco e credor antigo do Vasco, Edmundo está próximo de encerrar um imbróglio jurídico que se arrasta desde o início dos anos 2000. Recentemente, o ex-jogador e o atual presidente fizeram acordo para pagamento de antigo débito do clube com Edmundo. O Vasco vai pagar R$ 2,8 milhões ao Animal em 60 meses – cerca de R$ 50 mil mensais por cinco anos. Mas apesar do acerto, a relação de Eurico e Edmundo segue fria e distante. No período eleitoral, o ex-jogador decidiu apoiar Julio Brant e, após a vitória de Eurico, criticou o retorno do mandatário a São Januário.
O advogado Luis Roberto Leven Siano, que trabalha há anos com Edmundo e é próximo da atual diretoria do Vasco – também trabalha para o vice-presidente José Luis Moreira, que também fez composição recente de débito com o clube -, intermediou o acordo. Segundo ele, não houve encontro entre os dois, mas um entendimento que o acerto seria melhor para as duas partes.
- Nem se encontraram e não fizeram as pazes. Não se reconciliaram. Edmundo aceitou um acordo com um valor bem mais baixo do que a dívida original. Aceitou dar esse desconto pela segunda vez – afirmou Leven Siano.
A dívida é referente a uma das passagens do ex-jogador de 44 anos pelo Vasco – no total, foram cinco desde 1992, quando estreou nos profissionais. Edmundo jogou em São Januário em 1996, depois em 1999, 2004 e finalmente em 2008, quando se aposentou com a primeira queda para a Série B. Edmundo cobrava do clube R$ 14 milhões por quebra de contrato e homologou acordo na Justiça do Trabalho de R$ 2,6 milhões em 2003 – em 13 parcelas de R$ 200 mil. O Vasco não cumpriu o acordo, pagando poucas parcelas.
Com os juros, a dívida saltaria de R$ 2,6 milhões para quase R$ 8 milhões, mas, segundo o advogado, o ex-jogador concordou em receber sem juros o valor devido, apenas com correção monetária, fechando o valor em pouco mais de R$ 2,8 milhões. O acordo prevê início de pagamento em janeiro de 2016.
Outra dívida, da passagem de 2008 do jogador por São Januário, levou o ex-jogador a acionar o Vasco na Justiça anos depois. O clube acertou pagamento de 60 parcelas de R$ 160 mil e ficou inadimplente quando faltavam cinco pagamentos mensais. Mas, após repercussão do caso,este débito terminou quitado pelo Vasco, no fim da gestão Dinamite.