A passagem de Léo Jabá pelo Vasco foi rápida, constituída por apenas oito meses, 38 jogos, três gols e quatro assistências. Embora frustrante pelo fato de o clube ter permanecido na Segunda Divisão - e ele deixou claro isso em sua mensagem de despedida nas redes sociais -, o curto período deixou marcas no coração do atacante de 23 anos, o sentimento de agradecimento e o desejo de voltar.
- Como falei no meu post e sempre falo nas entrevistas que dei: terei eterna gratidão pelo Vasco. No Vasco, eu me reencontrei. Voltei a praticar meu futebol e a ter alegria de jogar. Tenho vontade sim de voltar para marcar meu nome na história do clube com títulos, gols. Gostaria de deixar um agradecimento à toda torcida vascaína, que desde o início apoiou e nunca deixou de incentivar. E também ao Pássaro, que foi o cara que acreditou no meu potencial e me deu a oportunidade de voltar a jogar. E a todos os treinadores passaram pelo Vasco, aprendi com todos.
Jabá afirma que a irregularidade foi o principal pecado vascaíno na luta contra o acesso. Lembrou que o time demorou demais a engatar três vitórias consecutivas, algo conquistado somente uma vez na Série B 2021, já na reta final, com Fernando Diniz.
- A gente não teve sequência boa de resultados até chegar ali com o Diniz. Sempre ganhava duas e quando ia para a terceira perdia. Acho que faltou esse equilíbrio para nós jogadores. Somos os principais culpados. Faltou equilíbrio e sabedoria. Sempre quando chegava perto de entrar no G-4 não correspondíamos e acabávamos perdendo alguns pontos.
- Acho que esse foi principal erro para não conseguirmos o acesso e não entrarmos no G-4. Porque o grupo é muito bom, e os treinadores que passaram também são tops. Sempre passaram informações e táticas tops, mas infelizmente não deu liga. Sempre quando precisava, a gente não correspondia.
Ainda sem saber que camisa usará em 2022, Léo, vinculado ao PAOK até 30 de junho de 2023, lamenta não ter dado alegria ao seu pai, Seu Silvan, que veste a do Vasco desde o berço.
- Não só ele (Seu Silvan) ficou frustrado (com a permanência na Série B). Eu e toda a família ficamos. A gente sabe que o acesso seria muito importante para o Vasco e para mim. Infelizmente não deu, mas a nossa torcida (pelo Vasco) continuará.
Confira outros tópicos:
Li sua despedida no Instagram, e você falou "que seria hipocrisia dizer que foi uma ótima passagem". O que faltou individualmente? Coletivamente imagino que seja o acesso.
- Seria hipocrisia porque nosso grande objetivo era o acesso. A gente não conseguiu, era a meta de todos. Na minha chegada, falei que esse era o grande objetivo. O Vasco é gigante, e o lugar do Vasco é na Série A. Infelizmente a gente não conseguiu, mas tenho certeza que o Vasco logo logo voltará para a Série A.
Quer seguir no Brasil ou teu desejo é ter sucesso no PAOK?
- Nesse momento quero aproveitar minhas férias, já estou cuidando do meu corpo, treinando com personal. Deixo essa parte para o pessoal que cuida da minha carreira. Eles sabem o melhor caminho e a melhor decisão para se tomar. Vou continuar trabalhando, aproveitar minha família, minha namorada e ver o que Papai do Céu prepara. Para onde eu for, vou dar o melhor de mim.
- Tenho certeza que 2022 será bem melhor. Sobre voltar ao PAOK ou seguir no Brasil, deixo para eles. Tenho contrato no PAOK até 2023, sou feliz e bem recebido por todos por lá. Mas, se tiver alguma proposta do Brasil, por que não continuar? Aqui é bom, é meu país, tem minha família, mas isso deixo com meus empresários. E, juntos, vamos tomar a melhor decisão.
O que vai sentir mais saudade do Vasco?
- Eu vou sentir saudade do ambiente, dos funcionários. O Vasco tem um ambiente de trabalho top, sem comentários. Todo mundo se ajuda. Eu não tive a felicidade de pegar o Caldeirão cheio, mas pude ter a torcida a favor. Isso foi um sonho realizado. Pretendo voltar (ao Vasco) e ter o apoio do estádio completamente cheio. Sem dúvida alguma vou ter saudade dos meus companheiros, dos profissionais, do pessoal que dá toda estrutura para trabalharmos, do pessoal da cozinha. São profissionais tops demais que nos deixam aptos a darmos o melhor em campo.