As chances de o Corinthians se classificar a Libertadores eram pequenas antes desta rodada. Havia sérias complicações para o Vasco se livrar do rebaixamento no Brasileiro. Um jogo de compadres no Pacaembu, com empate sem gols, eliminou as possibilidades de a equipe paulista ir para o torneio sul-americano, e deixou o time carioca à beira da degola.
Um levantamento do blog mostra que nunca uma equipe conseguiu descontar uma diferença de sete pontos e chegar a Libertadores quando faltavam três rodadas. Essa é a distância mínima que ficará do Corinthians até o quinto colocado da tabela – que levaria a vaga com um título do Atlético-PR, na Copa do Brasil, e derrota do São Paulo e Ponte Preta, na Sul-Americana. E ainda faltam os resultados do Goiás e Grêmio, em jogos neste domingo.
Já o Vasco passou a ter uma diferença de três pontos para o primeiro time fora da zona do rebaixamento. Terá que superar essa distância e ultrapassar dois times pelo menos para se livrar.
Ou seja, o resultado foi péssimo para ambas as formações. Mas, ainda assim, os dois técnicos Adílson e Tite fizeram questão de armar seus times de forma cautelosa como quem apreciaria um empate.
Basta dizer que o Vasco só deu sua primeira conclusão a gol com 75 minutos de jogo. E foi um chute tosco de Franscismar, mascado no meio da zaga corintiana. Outra finalização foi um bico de Abuda na arquibancada. No final, o time teve quatro arremates a gol, um certo.
Da parte do Corinthians, se viu um pouco mais, um pouco. Houve, sim, chances de gol no início da partida, principalmente em chutes de Renato Augusto. Mas a equipe demonstrava a mesma dificuldade rotineira de criar oportunidades. A ponto de ter terminado o jogo com 10 finalizações, apenas uma certa.
De saldo final, os dois times, juntos, tiveram duas conclusões certas no gol em 90 minutos de partida. Ou seja, os goleiros Walter e Alessandro só tocavam na bola praticamente para bota-la em jogo.
No total, os dois times deram 526 passes, a maioria corintiana com 331 toques. Em resumo, o Corinthians se limitava a girar a bola sem objetividade, enquanto o Vasco corria atrás dela. Era preciso muito café para ficar acordado.
Uma primeira 'despedida' melancólica para o técnico Tite no Pacaembu. Marcado pela conquista da Libertadores, em 2012, ele deixará o time fora da competição em 2014, depois de quatro anos participando do campeonato.