Taiti e Nigéria realizaram uma das partidas mais peculiares da história do futebol mundial. Com uma formação praticamente toda amadora, a equipe da Oceania se tornou uma das grandes atrações da Copa das Confederações, e a estreia no Estádio do Mineirão comprovou o carinho do brasileiro. O público de 20.187 pessoas na goleada dos africanos por 6 a 1 superou, e de sobra, a média dos grandes clubes nacionais em toda a temporada contando Estaduais, Libertadores, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro.
De acordo com números publicados pela Fifa, o confronto entre Taiti e Nigéria foi testemunhado por 20.187 pessoas, público que somente dois times entre os mais prestigiados do país superam na atual temporada: Corinthians e São Paulo, justamente os dois clubes que mais investiram para a temporada 2013.
Mesmo prejudicado por um jogo na Libertadores sem torcida (por punição da Conmebol), o time do Parque São Jorge possui a maior média entre os 12 grandes clubes brasileiros com 23.020. O São Paulo aparece logo atrás, com 20.657, menos de mil a mais do que o público desta segunda-feira no duelo entre o campeão da Oceania e o campeão africano, válido pelo Grupo B da Copa das Confederações.
O Palmeiras, apesar dos jogos em que a torcida lotou o Pacaembu pela Libertadores clube ainda aguarda a reinauguração da Allianz Parque para atuar novamente em casa, soma pouco mais de 9 mil torcedores por partida, já contando os três jogos como mandante em Itu pelo Campeonato Brasileiro da Série B. O Santos, na reta final da passagem de Neymar pelo clube, soma 12.912 pessoas por encontro como mandante.
A maior decepção no ano fica no Rio de Janeiro. Em virtude de um esvaziado Campeonato Carioca, a surpreendente interdição do Estádio Engenhão e campanhas decepcionantes de Flamengo e Vasco, os times grandes do estado possuem publico muito aquém a um simples jogo entre os dois grandes azarões da Copa das Confederações. Mesmo campeão, o Botafogo, por exemplo, é o dono da menor média: 4.829.
Flamengo (7.578) e Vasco (9.463), donos de pífias campanhas no Estadual, sequer passam das 10 mil pessoas na média de torcedores por partida. O Fluminense, concentrado na conquista inédita da Libertadores, não conseguiu elevar seu público mesmo com a competição continental: 6.676.
Sensação do futebol brasileiro e único vivo na disputa pelo título sul-americano, o Atlético-MG acaba prejudicado nesta contagem por conta da menor capacidade do Estádio Indpendência, local em que manda seus jogos. Assim, o clube alvinegro possui apenas 13.259 atleticanos por duelo.
O rival Cruzeiro, que aos poucos acostuma-se a receber os adversários no Mineirão, possui menos de 20 mil pessoas de média entre Campeonato Mineiro, Brasileiro e Copa do Brasil (19.226).
Além dos clubes do Rio de Janeiro e Palmeiras, o Internacional também não pôde atuar como mandante em 2013 no Beira-Rio, ainda em reforma para a Copa do Mundo de 2014. Dessa forma, somente 6.455 pessoas em média estiveram em duelos do colorado como mandantes.
O Grêmio com a nova Arena já possui mais de 10 mil a mais em seus jogos, comparando com o adversário (16.874 por partida). Entretanto, os números do público que esteve em plena tarde de segunda-feira no Mineirão para Taiti x Nigéria servem como um parâmetro para constatarmos como o futebol do país pentacampeão do mundo vive um momento pouco popular.