Autor dos dois gols da virada sobre o Ceará, sábado à tarde, no Maracanã, Thalles colocou seu nome na história do Vasco como o herói do terceiro acesso na Série B do Campeonato Brasileiro. O técnico Jorginho, porém, acredita que também tem um dedo neste triunfo do atacante, que passou boa parte do ano sendo criticado por estar acima do peso.
"Chamei a atenção do Thales, fui um pai pra ele, ele abaixou o porcentual de gordura, se recuperou e fez o que fez hoje (sábado)", comentou Jorginho, em entrevista coletiva depois do jogo, falando também da troca que fez no intervalo, com a saída do volante Diguinho para a entrada do atacante Éder Luis.
"A mudança no intervalo foi fundamental para a vitória, com a entrada do Éder. Tentamos dar liberdade para o Douglas, mas ele não foi bem no primeiro tempo. Sei do potencial dele e sabia que não poderia tirá-lo. Organizei o time para ele jogar em melhor nível. Mudou nossa forma de atuar, tentamos entrar em linha alta no início mas não saiu como o esperado e a entrada do Éder, alterando o esquema, foi importante para fazermos os dois gols", destacou.
Jorginho, porém, não sabe se continua no Vasco para 2017. Ele admitiu que vai conversar com o presidente Eurico Miranda para saber do seu futuro, mas que existe pressão pela sua saída de São Januário.
"Há vozes, infelizmente, que não se cansam de tentar atrapalhar o trabalho, sempre estão rondando ali, tanto fora, quanto dentro Por isso que há a necessidade de termos uma conversa para saber, para que cheguemos numa melhor solução para o ano que vem", explicou, sem dizer de quem seriam tais vozes. "Existem vozes externas e internas, mas são coisas que vou guardar para mim. Me desculpa não poder responder isso."
Saindo ou ficando, o fato é que Jorginho, aos trancos e barrancos, conseguiu cumprir a meta do ano e levou o Vasco de volta à Série A. "Não queríamos fazer parte de uma história ruim, que seria permanecer na segunda divisão. Alívio é grande, momento de gratidão, nunca desisti do meu time."