Camisas negras, Expresso da vitória, trem bala da Colina... A história do Vasco tem uma importante peculiaridade. É fácil encontrar grandes jogadores, mas o clube também coleciona equipes marcantes. Por isso, apesar de ter um maior ídolo como a referência do ranking produzido pelo O GLOBO/Extra, existem outros tantos atletas de renome que completam esta lista de forma honrosa.
Por exemplo, foi no Vasco onde Romário marcou o seu milésimo gol, onde Roberto Dinamite retornou da Espanha para ser herói e onde Juninho Pernambucano deixou o apelido de príncipe de lado para se tornar Rei. Após finalizar a lista de 30 maiores ídolos cruz-maltinos, uma conclusão ficou clara: faltou espaço para tenta gente boa reunida em uma mesma equipe.
1. Roberto Dinamite
O maior ídolo do Vasco coleciona recordes: além de ser o jogador que mais vezes vestiu o uniforme cruzmaltino (1016 vezes) é também o maior artilheiro do clube com 617 gols, contando jogos como profissional, segundo o site do clube. Como se não bastasse, cria de São Januário, Roberto é também o artilheiro do estádio, onde balançou as redes em 184 oportunidades. Das 22 temporadas como jogador, 21 foram defendendo a Cruz de Malta.
2. Edmundo
Um animal em campo, como apelidou Osmar Santos. Das categorias de base, Edmundo possui uma enorme identificação com a torcida cruzmaltina, ainda que tenha tido passagens por Flamengo e Fluminense. De atuações memoráveis, como no duelo contra o Manchester United, pelo Mundial da Fifa de 2000, Edmundo acumula várias passagens pelo Vasco, onde foi campeão brasileiro e artilheiro do campeonato em 1997, com 29 gols.
3. Juninho
"Contra o River Plate, sensacional... Gol de quem?" Não há um vascaíno em toda terra que não se arrepie ao cantar essa música da torcida. Autor de um monumental gol de falta que deu a classificação à final da Libertadores em 1998, na Argentina, Juninho Pernambucano, ou Reizinho da Colina, sempre foi sinônimo de garra e raça com a camisa cruz-maltina.
4. Romário
"Quando eu nasci, Papai do céu olhou pra mim e disse: 'Esse é o cara!'". Com pouca modéstia, mas muita habilidade, Romário é inquestionavelmente um dos maiores ídolos do Vasco. Outro cria da base, teve, ao todo, quatro passagens pelo clube. Na última, marcou o seu milésimo gol, de pênalti, em São Januário, no ano de 2007, aos 41 anos de idade. Pelo cruz-maltino, foi campeão nacional e da Mercosul, em 2000.
5. Barbosa
Apontado injustamente como culpado pelo "Maracanazzo", em 1950, a história conta que fora recebido, ao voltar ao Vasco após o Mundial, com enorme festa pela torcida cruz-maltina em reconhecimento ao seu valor. Peça integrante do famoso "Expresso da Vitória", o arqueiro conquistou, além do Sul-Americano de Campeões de 1948, de forma invicta, seis Campeonatos Cariocas e um Torneio Rio-São Paulo.
6. Ademir Menezes
Grande nome do "Expresso da Vitória", artilheiro e maior ídolo do clube pré-Dinamite, Ademir de Menezes foi o primeiro grande exemplo do que passou a ser chamado posteriormente de "ponta de lança", jogador que tem como característica a velocidade no ataque. Com a camisa do Vasco, tem 301 gols em 429 jogos. Pela seleção, detém o título de maior artilheiro de uma única Copa do Mundo, com nove gols, em 1950.
7. Bellini
Quem nunca usou a estátua do Bellini, como ponto de encontro no Maracanã? Além de ser o primeiro capitão a erguer o troféu de campeão do mundo pelo Brasil, em 1958, na Suécia, o zagueiro é ídolo em São Januário, onde venceu três Campeonatos Cariocas e um Torneio Rio-São Paulo nos 430 jogos que vestiu o uniforme do Vasco.
8. Felipe
No Vasco desde os seis anos de idade, onde fora jogar futsal e, posteriormente, acabou transferido pro campo. Com mais de 350 jogos e sete títulos de expressão pelo clube, Felipe é o jogador mais vitorioso da história vascaína. Meia canhoto de muita habilidade, conquistou um Carioca, um Rio-São Paulo, uma Copa do Brasil, uma Mercosul e uma Taça Libertadores da América, além de dois Campeonatos Brasileiros.
9. Mauro Galvão
Um dos maiores "xerifes" da história vascaína, o gaúcho Mauro Galvão foi sinônimo de liderança durante todo o tempo que jogou pelo Vasco. Contratado aos 35 anos, o ex-zagueiro é outro que possui invejável currículo de títulos pelo cruz-maltino; além de dois Brasileiros, uma Rio-São Paulo, um Carioca e uma Mercosul, Galvão foi o responsável por levantar a Libertadores conquistada no ano de centenário do clube.
10. Carlos Germano
Promovido da base, Carlos Germano é um dos goleiros mais icônicos da história do Vasco. Durante os 632 jogos que atuou pelo time, Germano é mais um que pode se gabar da lista de títulos que conseguiu na Colina, como quatro Cariocas, um Rio-São Paulo, um Brasileiro e uma Libertadores. Atualmente, é treinador de goleiros da equipe profissional do clube.
11. Vavá
O pernambucano Edwaldo Isídio Neto escreveu sua história no Vasco da Gama, clube pelo qual foi campeão cinco vezes: três vezes do Carioca, um Torneio de Paris e um Rio-São Paulo e balançou as redes 191 vezes. Bicampeão do mundo pela seleção brasileira, Vavá é um dos brasileiros que mais marcou em Mundiais, com nove gols em duas Copas.
12. Pedrinho
Assim como Felipe, com quem Pedrinho fez dupla no futsal, aos seis anos, até a promoção aos profissionais, o atual comentarista do Grupo Globo teve uma carreira muito vitoriosa. No Vasco, onde também encerrou a carreira em 2013, Pedrinho conquistou dois Brasileiros, um Carioca, um Rio-São Paulo, uma Mercosul e uma Libertadores.
13. Valdir
Conhecido pelo seu tradicional Bigode, Valdir é outro cria da base cruz-maltina, campeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior, em 1992. Como profissional, participou da campanha do tricampeonato Carioca, em 92, 93 e 94, vindo a ganhar mais um em 2003. Após se retirar dos gramados, Valdir foi auxiliar técnico permanente do clube, de 2014 a 2018, vencendo mais dois Estaduais.
14. Donizete
O cara das decisões. Em 1998, o 'Pantera' foi um dos heróis do Vasco na conquista da Libertadores, marcando nas duas partidas da final, contra o Barcelona de Guayaquil, do Equador. Donizete viveu a expectativa de ficar na lista final dos convocados para a Copa do Mundo de 1998, depois de ser chamado para nove jogos pelo técnico Zagallo.
15. Danilo Alvim
Dono de um estilo refinado de jogo, o volante chegou a ganhar o apelido de "O Príncipe". Outro integrante do "Expresso da Vitória", Alvim tem computados mais de 300 jogos com a camisa do Vasco, local onde levantou quatro troféus de campeão Carioca, além do Campeonato Sul-Americano de Campeões, de 1948.
16. Geovani
Habilidoso, inteligente, técnico e excelente cobrador de faltas, Geovani foi um armador, dito por alguns, como os grandes de tempos passados, que tinham como característica correr pouco e jogar sempre de cabeça erguida. Entre idas e vindas, o meia defendeu o clube por 12 anos, entre 1983 e 1995, onde ganhou o apelido de Pequeno Príncipe e conquistou cinco Cariocas.
17. Andrada
Marcado eternamente como goleiro que sofreu o milésimo gol de Pelé em 1969, num Vasco x Santos, no Maracanã, o argentino Edgardo Norberto Andrada ficou seis anos no cruz-maltino, tempo em que venceu um Brasileiro e um Carioca.
18. Ipojucã
Meia-atacante habilidoso e criativo, Ipojucã é o 5º maior artilheiro da história do Vasco, com 225 gols em 413 jogos. Chegou ao clube aos 11 anos, foi promovido aos profissionais com 20 e jogou por 10 anos, conquistando cinco Estaduais, um Rio-São Paulo e um Campeonato Sul-Americano de Campeões, de 1948.
19. Friaça
Autor do gol do Brasil no "Maracanazo", o atacante foi revelado em São Januário e o último titular do "Expresso da Vitória", campeão do Sul-Americano de Campeões. Além do campeonato continental, venceu dois Estaduais pelo cruz-maltino.
20. Hélton
Lançado aos profissionais pelo Vasco, Helton se destacou bastante, defendendo a meta do clube. Fez carreira em Portugal, sobretudo com a camisa do Porto, onde se aposentou e permaneceu por onze anos.
21. Fausto
Apelidado de "Maravilha Negra", Fausto era um volante de muita disposição e técnica, sendo eleito melhor jogador do Vasco nas temporadas de 1931 e 1933. Pelo clube, foi campeão Carioca em duas oportunidades.
22. Bebeto
A história de Bebeto no Vasco começa, quando ele se transfere do Flamengo para o cruz-maltino em 1989, onde ficou até 1992, antes de ir pro Deportivo La Coruña, da Espanha. Em sua primeira passagem por São Januário, o tetracampeão do mundo pela Seleção em 1994 venceu um Campeonato Brasileiro.
23. Zé Mário
Ex-volante na década de 70, Zé Mário foi campeão Carioca de 1977 pelo clube. O ex-jogador tem uma carreira extensa como técnico, já tendo treinado clubes do Brasil e do exterior.
24. Russinho
Moacir Siqueira de Queirós, conhecido como Russinho, divide com Ipojucã o posto de 5º maior artilheiro do Vasco com 225 gols. Atacante de boa técnica, permaneceu no clube por dez anos, sendo eleito melhor jogador do clube na temporada por sete anos seguidos, de 1924 a 1930. Em matéria de títulos, venceu o Campeonato Carioca nos anos 1924, 1929 e 1934.
25. Augusto da Costa
Titular e capitão da Seleção Brasileira em 1950, o ex-zagueiro também escreveu sua história no Vasco. Outro integrante do "Expresso da Vitória", Augusto venceu o Sul-Americano de 1948 e conquistou o Estadual em cinco oportunidades nos nove anos que permaneceu em São Januário.
26. Sorato
Oriundo das categorias de base do clube, o ex-atacante teve duas passagens pelo Vasco. Um ano após subir para os profissionais, Sorato gravou seu nome na história ao fazer, de cabeça, em pleno Morumbi, o gol que deu o bi nacional, em 1989, ao Gigante da Colina. Além do Brasileiro de 89, ainda venceu o de 97, além da Libertadores do ano seguinte e mais três Cariocas.
27. Orlando Peçanha
Campeão do mundo em 1958 e revelado pelo Vasco, Orlando hoje também é ídolo no Boca Juniors, da Argentina, onde jogou por quatro anos. No cruz-maltino, teve duas passagens e venceu dois Cariocas. Após encerrar a carreira, voltou ao clube como assistente técnico.
28. Jorginho
Lateral-direito tetracampeão pelo Brasil em 1994, Jorginho tem passagens pelo Vasco, como jogador e técnico do time profissional. Como atleta, venceu, só no ano 2000, a Copa Mercosul e o Campeonato Brasileiro, nesta edição chamada de Copa João Havelange.
29. Mazinho
O tetracampeão mundial pela Seleção é outro que começou sua carreira profissional no Vasco da Gama, onde disputou 232 partidas nos cinco anos em que lá esteve. Jogador de técnica refinada, conquistou dois Cariocas pelo cruz-maltino, além do Brasileiro de 1989.
30. Alcir Portela
O ex-cabeça de área foi capitão nos 12 anos que defendeu o Gigante. Com 508 jogos no currículo, não foi expulso nem uma única vez. Além disso, esteve presente em todos os quatro títulos Brasileiros do clube: em 1974 como jogador e em 1989, 1997 e 2000 como auxiliar técnico. Durante o velório, seu caixão foi coberto com a bandeira do Club de Regatas Vasco da Gama.
Confira a lista de jornalistas votantes
O GLOBO/Extra agradece a Alexandre Araújo, Aline Falcone, André Marques, Bernardo Cruz, Bruna Dealtry, Bruno Braz, Bruno Marinho, Camila Carelli, Cristina Dissat, Edson Viana, Eraldo Leite, Fabio Azevedo, Felippe Rocha, Fernanda Teixeira, Gilmar Ferreira, Guilherme de Paula, Gustavo Loio, Hugo Mirandela, Joel Silva, Lucas Pedrosa, Marco Vasconcellos, Matheus Costa, Rafael Marques, Renan Moura, Roberta Barroso, Tiê Leal, Vinicius Faustini, Vitor Seta e Wellington Campos por terem participado da votação.