Escolhido pelos associados, Júlio Brant tinha tudo para se tornar presidente do Vasco da Gama. Mas no segundo turno da eleição, quando apenas os conselheiros puderam votar, Alexandre Campello foi o escolhido em meio a uma manobra política que envolveu o ex-presidente Eurico Miranda e aliados. A justiça já determinou a realização de novo pleito, mas uma liminar barrou a ida às urnas. O blog entrou em contato com Brant, que diz acreditar, ainda, em nova votação no começo de 2019.
Ouvi queixas de opositores a quem está no poder de que você raramente aparece em São Januário, que na recente votação do orçamento para 2019 estava na Europa e nem votou. O que diria a respeito?
Julio Brant: A minha ida a São Januário requer uma logística muito grande e alguns cuidados de segurança: hostilidade por parte de alguns pequenos grupos e grande apoio da maioria dos torcedores. Fui aos jogos importantes da Libertadores e do Campeonato Brasileiro e tive o apoio manifestado pela torcida ao gritar em peso meu nome, num claro sinal de que não quer a manutenção do que está hoje no clube. Sobre estar na Europa, minha vida profissional exige e isso acontece desde 2014, quando entrei pela primeira vez no Conselho do clube. Os acordos profissionais para reduzir carga de trabalho ficam para quando assumir o Vasco.
Como anda sua relação com a complexa política do clube?
A nossa base de conselheiros está indo a todas as reuniões e se mantém firme no propósito de mudar o Vasco. Esses que falam isso tentam desconstruir a imagem que representamos: a ameaça de mudar o status quo, as mesmas práticas de sempre, que levaram o clube a situação de hoje.
Sobre a eleição, continuamos otimistas, respeitando a Justiça, sempre. Ela possui o seu ritmo. Nosso trabalho técnico e nas conversas tem sido incansável e sólido. O TJRJ tem dado sinais claros de entendimento e da necessidade de mudanças de algumas práticas na sociedade.
Ainda crê na realização da eleição em 2019?
Sim, estamos confiantes. A decisão deve sair em breve.
Quando acredita?
Em janeiro. Se decidir favoravelmente teria que ser logo no início do ano.