Léo Moura e Eder Luis falam sobre o "Clássico dos Milhões"

Por mais que a razão leve vantagem sobre a emoção dentro de campo nos tempos em que o profissionalismo toma conta das ações, o clássico entre Flamengo e Vasco mexe com seus protagonistas. Na véspera de mais um encontro, desta vez pela 19ª rodada do Campeonato Brasileiro, os jogadores não escondem a ansiedade por fazer parte de um dos maiores duelos do país. Por isso, prometem representar no gramado toda a expectativa dos torcedores, garantindo que deixarão de lado a violência que em muitos momentos tomou a vez da esportividade.

Eder Luis, por exemplo, tem dois Flamengo x Vasco no currículo (uma derrota e um empate) e ainda não marcou gols. Assim, não escondeu a motivação por deixar seu nome gravado nessa história e, com bom humor, mostrou ter conhecimento da rivalidade que cerca o clássico.

- Esse jogo é mesmo um campeonato à parte e faz a empolgação do jogador ser maior. Mas é preciso controlar isso, apesar de sabermos que, para o torcedor, a partida vale mais do que três pontos. Quando Vasco e Flamengo se cruzam, é coisa para dar polícia dentro de campo - brincou.

Diego Souza disputou três vezes o clássico, sendo que duas pelo Flamengo, quando somou duas derrotas e marcou um gol. Pelo Vasco, tem um empate e ainda não balançou a rede do maior rival. Por essa experiência, mostra saber que neste domingo estará em campo muito mais do que a briga pela liderança do Brasileirão.

- Esse jogo vai além do campo, pela rivalidade entre as duas equipes. Vale muita coisa, independentemente da posição do adversário na tabela. Mesmo assim, estamos com foco total, pois, conseguindo a vitória, vamos ultrapassá-lo - destacou.

Para Léo Moura, a maior rivalidade do Rio

São 348 jogos, nove taças e muitas histórias. A galeria de troféus de Léo Moura tem um Brasileiro, uma Copa do Brasil, três estaduais, três Taças Guanabaras e uma Taça Rio. Desde a chegada ao Flamengo, em 2005, enfrentou o Vasco 20 vezes. Foram dez vitórias, quatro empates e seis derrotas. Fez um gol no confronto, no empate por 1 a 1 do Brasileiro 2007.

- Ganhei mais do que perdi. Vem mais um aí para entrar na história. Espero que seja um grande jogo. O Vasco também está brigando para chegar ao título, ganhou a Copa do Brasil, nós queremos conquistar o Brasileiro. Vai ser um clássico realmente diferente de todos que disputei. Às vezes, você joga tantas vezes que se torna normal. Mas o fato de os dois times estarem bem faz o clássico ficar ainda mais quente, mais emocionante.

Léo diz que o jogo ainda representa a maior rivalidade do Rio. Virou um hábito de rubro-negros e cruz-maltinos dar mais importância ao clássico.

- A rivalidade sempre vai existir, desde que eu era criança sabia dessa rivalidade. E agora estou jogando. Já ganhei, já perdi. É sempre bonito estar no estádio assistindo a este jogo, é gostoso estar jogando, é especial. E por ser pelo Brasileiro se torna ainda mais especial. Continua sendo a maior rivalidade do Rio, mesmo depois daquele sequência de decisões entre Flamengo e Botafogo (2007, 2008, 2009 e 2010). Flamengo e Vasco é diferente, bom de se jogar. São sempre grandes jogos.

Dentre tantas lembranças, o camisa 2 elege a conquista da Copa do Brasil de 2006 como um dos momentos mais marcantes da trajetória dele neste duelo.

- Todos os jogos contra o Vasco foram especiais para mim. Mas sempre lembro da Copa do Brasil de 2006. Foi meu primeiro título também. Ficou marcado. Espero que na última rodada do Brasileirão, no fim do ano, seja mais um jogo marcante, com Flamengo e Vasco lutando pelo título.

Flamengo e Vasco vão jogar às 16h (de Brasília), no Engenhão. O Rubro-Negro tem 35 pontos e é o vice-líder (o Corinthians tem 37). O Cruz-Maltino tem 34 e está em quinto.