A escolha dos cobradores de pênaltis do Vasco na semifinal contra o Fluminense, no último sábado, no Maracanã, pela semifinal da Taça Rio, foi motivo de muitos comentários após a eliminação do time. O fato de o técnico Antônio Lopes ter colocado o jovem Pablo, de 19 anos e que estava estreando como profissional, para ser o último batedor gerou críticas. O jovem jogador perdeu a penalidade e o Vasco deu adeus ao campeonato.
Retirado de campo aos 41 minutos de segundo tempo e, dessa forma, ausente da disputa de pênaltis, Edmundo revelou, nesta segunda-feira, os bastidores da escolha de Antônio Lopes. O treinador não tinha na cabeça quais seriam os cobradores vascaínos. E foi decidindo na hora quem ficaria com a responsabilidade. E, curiosamente, Pablo foi o último a entrar na lista do treinador.
Ele (Pablo) deveria cobrar mais no início já que isso tira um pouco a responsabilidade - Edmundo
- Foi um erro meio sem querer. Estava atrás do Lopes e não falo por "achismo". Vi o papel na mão dele. Primeiro ele colocou o cobrador oficial que era o Morais. Depois, o cara que, depois do Morais, cobra melhor: o Tiago. Aí ele perguntou ao Miguel (auxiliar técnico) quem havia batido bem nos treinos do outro lado, já que treinamos pênaltis em dois grupos e cada um (Antônio Lopes e Miguel) acompanhou um grupo. O Miguel falou no Souza e no Wagner Diniz. E por último ele pensou em quem também tinha batido bem e colocou o nome do Pablo. E essa acabou sendo a ordem - disse Edmundo.
Mesmo tentando evitar críticas, o Animal admitiu que, após escolher os cinco cobradores, Antônio Lopes deveria ter invertido a ordem para não deixar o jovem Pablo com toda a responsabilidade nas costas.
- Ele deveria cobrar mais no início já que isso tira um pouco a responsabilidade. Mas depois do páreo corrido fica mais fácil falar. Já aconteceu.
O Animal elogiou a cobrança de Pablo e considera que faltou apenas um pouco de sorte ao companheiro.
- Falam que pênalti bem batido é o que entra, mas ele foi bem. O Pablo deslocou o goleiro e bateu com confiança. Infelizmente, a bola bateu na trave.