Com respeito à reunião na CBF sobre o retorno do público aos estádios nos jogos do Campeonato Brasileiro, reafirmo a posição já expressa por mim de que esse retorno no atual estágio da evolução da pandemia no Brasil é precipitado. Segue o :
Os (poucos) países europeus que autorizaram a volta gradativa do público aos estádios o fizeram após meses de queda substancial nas taxas de contaminação e se mortes, e mesmo esses tem de lidar agora com uma possível segunda onda da pandemia.
De toda forma, só poderá haver retorno do público aos estádios quando todos os clubes puderem usar os seus estádios, sob pena de violar o princípio da isonomia nas regras da competição e favorecer os que puderem contar com torcida nos jogos em que são mandantes.
Não deixa de ser irônico que o Flamengo, que encabeçou o movimento pelo reinício precoce das competições e agora não quer entrar em campo porque tem um grande número de atletas infectados pela COVID-19, tenta impor unilateralmente o retorno do público nos seus jogos.
Será que quer assumir a liderança da segunda onda da pandemia no Brasil? Espero que, desta vez, o Vasco não vá a reboque.