O mando de campo não teve efeito algum nos sete clássicos que fecharam o primeiro turno do Campeonato Brasileiro, neste fim de semana. Fora da casa, Santos, Fluminense [Nota do SuperVasco: A casa do Vasco é em São Januário e o jogo foi no Engenhão], São Paulo e Grêmio venceram. Os outros três confrontos estaduais terminaram empatados. Portanto, nenhum mandante saiu vitorioso.
Dois confrontos ficaram no 0 a 0: Botafogo x Flamengo e Sport x Náutico. O Cruzeiro arrancou um empate contra o Atlético-MG aos 49 min do segundo tempo, 2 a 2.
O duelo em Minas teve confusão e acabou interrompido por sete minutos no segundo tempo. Garrafas e copos de água foram atirados por torcedores, e o trio de arbitragem solicitou proteção da Polícia Militar. O meia Montillo gesticulou aos cruzeirenses pelo fim da baderna. O juiz pernambucano Nelson Rodrigues Dias chegou a pedir para policiais militares prenderem pessoas ligadas à diretoria celeste.
A FESTA DOS VISITANTES NOS CLÁSSICOS
Palmeiras 1 x 2 Santos Vasco 1 x 2 Fluminense Corinthians 1 x 2 São Paulo Internacional 0 x 1 Grêmio |
O presidente atleticano Alexandre Kalil afirmou que o árbitro se acovardou no segundo tempo. \"Ele praticamente foi agredido no intervalo, dentro do vestiário, no Independência, pela diretoria do Cruzeiro. Acovardou-se no segundo tempo e fez a lambança que fez.\"
Sobraram reclamações também em outros clássicos. \"A pressão que a diretoria do Grêmio fez no [Leandro] Vuaden, por meio do diretor Paulo Pelaipe, funcionou. A meu ver, foram dois pênaltis a favor e não marcados\", disse o vice-presidente de futebol do Inter Luciano Davi, depois do triunfo gremista por 1 a 0 no Beira-Rio.
No sábado, palmeirenses e vascaínos esbravejaram após perderem por 2 a 1 para Santos e Flu, respectivamente.
\"Temos que lamentar a arbitragem. Já prejudicaram o Atlético-MG, o Corinthians, o Abel já chorou muito... A diferença é que ninguém do Vasco reclama. Isso que eu lamento\", comentou Juninho Pernambucano.
\"Não adianta. Eles vêm aqui fazer palhaçada com a gente. A gente vai falar com ele, e ele tira da nossa cara. Não somos nós que temos que falar. A gente perdeu, não tem que culpar o juiz não. Mas que ele tira da nossa cara, ele tira\", esbravejou Valdivia, contra Guilherme Ceretta.
No Engenhão, Dorival Júnior criticou não só o árbitro, mas também o gramado. O flamenguista falou em perseguição porque foi expulso por Péricles Bassols.
\"Lamentável o que ele fez ali ao me tirar. Isso são coisas passadas que ele carregou para o jogo seguinte que nos encontramos. Errou três vezes em um mesmo lance, inverteu uma falta, me viu gesticulando e expulsou. Não pode ser assim. Juro que não o ofendi.\"
Só no Pacaembu, na virada do São Paulo por 2 a 1 sobre o Corinthians, e no empate sem gols na Ilha do Retiro que os profissionais do apito saíram imunes.
\"Vamos ver a grandeza do jogo. Tem qualidade para caramba do outro lado. Tem que dar parabéns ao Ney [Franco], ao São Paulo\", observou Tite.