Sem um vice-presidente específico para o departamento de marketing desde fevereiro, o Vasco ainda engatinha nas tratativas com a Eletrobrás, que depende de certidões negativas de débito para fechar um contrato de R$ 14 milhões anuais. Mesmo já livre de alguns problemas judiciais e próximo da assinatura, o clube admite que a falta de um substituto para José Henrique Coelho atrasou o processo.
\"Minhas incursões na área foram apenas para auxiliar na obtenção das certidões. Acho que cada qual toca um instrumento, e o marketing é um setor importante. De alguma maneira, é uma lacuna, e nós não podemos novamente improvisar\", disse José Hamilton Mandarino, vice-presidente de futebol do Vasco, que assumiu parte das funções.
Demissionário, Coelho deixou São Januário depois de ter arquitetado a subida de Roberto Dinamite à presidência por meio do Movimento Unido Vascaíno (MUV), de oposição à Eurico Miranda. Na ocasião, o dirigente acusou a atual gestão de fraude na venda de ingressos e no orçamento de 2009, entre outras coisas.
Naquele momento, o acordo com a Eletrobrás já estava comercialmente fechado. Oficialmente, os dirigentes falavam que era questão de tempo para que o valor devido à Receita Federal fosse pago. No dia 25 de março, porém, o Vasco conseguiu, na Justiça, as certidões negativas de débito e mudou definitivamente o discurso.
\"No fim do ano passado, quando anunciamos o acordo com a Eletrobrás, nossa dívida estava muito mal avaliada. Ela foi refeita e agora está um pouco abaixo de R$ 1 milhão, e nós vamos pagar. Só estamos terminando de fazer as contas\", concluiu Mandarino.