A firmeza e o teor das palavras de Marcinho passam um desejo do jogador de assumir um papel de liderança dentro do Vasco. O meia-atacante de 30 anos já sai em defesa de companheiros vaiados, convoca a torcida para os jogos, mesmo sem ainda nem ter feito sua primeira partida pelo time na sua casa, em São Januário. É justamente pelo duelo contra o Madureira, quinta-feira, na Colina, que o jogador anseia no momento.
- Estou ansioso, sim. Já conheço a torcida do Vasco, mas quero ver como será ter seu apoio dentro de São Januário. Aproveito para convocá-los, que eles venham nos ajudar a vencer - pediu.
Apesar da longa estrada como jogador, Marcinho tem apenas uma partida no estádio. A lembrança não é das melhores, mas pelo menos ficou a impressão da força do Vasco dentro de seus domínios. O jogador era titular do Atlético-MG no jogo em que o Galo foi goleado por 4 a 0 pelo Cruz-maltino, pelo Campeonato Brasileiro de 2007.
De lá para cá, porém, muito dessa força vascaína em casa se perdeu. A pressão, muitas vezes, em vez de recair sobre o adversário, abate os próprios jogadores da equipe da casa. Mesmo atuando fora, isso acontece. Montoya, por exemplo, chegou a ser vaiado pela torcida em Macaé, durante a partida contra a Cabofriense. Coube a Marcinho sair em defesa do companheiro de ataque:
- Ele é um jogador importante. É jovem, precisa de confiança. No fim de semana, alguns torcedores chegaram a vaiá-lo. A torcida precisa ter paciência. Ele vai fazer uma grande temporada.
Contratado para ser “referência” dentro do Vasco, em palavras do presidente Eurico Miranda, Marcinho constrói seu caminho dentro do clube à medida em que apaga a lembrança do passado pelo Flamengo, onde teve boa fase em 2008. Com um gol já na primeira partida oficial pelo Cruz-maltino, o meia-atacante faz o dever de casa.
- Eu respeito os rivais, a torcida do Flamengo, mas eles ficaram no passado. Quero fazer gols pelo Vasco, ser campeão - destacou.