Criado nas categorias de base do Botafogo, o meio-campista Octávio Manteca soma diversas experiências desde que subiu para o futebol profissional, em 2012. Aos 26 anos, o atleta tem passagens por Itália, Bélgica e hoje atua na Bulgária, mas ainda sonha com um retorno ao Rio de Janeiro.
Após ter poucas chances em sua primeira temporada, Octávio começou a ter mais espaço no Alvinegro em 2013, ano em que o clube se classificou para a Libertadores tendo Clarence Seedorf como protagonista. Em entrevista ao programa Gazeta Esportiva 1ª Edição, o meia relembrou dos conselhos do holandês.
"Quando eu subi, o Seedorf era um cara que cobrava muito do elenco, de quem vinha da base. Cobrava forte, mas a gente entendia que aquilo era para a gente melhorar, que era pelo nosso bem. Mas às vezes ele cobrava tão forte que a gente ficava com raiva e queria superar nosso erro para dar a resposta só para ele. No final a gente sabia que ele fez bem para a gente, porque a gente conseguiu evoluir", explicou.
A trajetória de Octávio em seu clube de formação se encerrou em 2017. Na sequência, o jogador passou pela Bélgica por um ano e retornou ao Brasil em busca de novas oportunidades. No entanto, ele enfrentou dificuldades que quase o levaram a desistir da carreira.
"Quando voltei, eu estava esperando uma proposta da Europa, que acabou não acontecendo. Mudei de empresário, e o novo empresário me apresentou um projeto de um clube na Paraíba. Foi quando eu tive um problema, não recebi o que foi acordado. Depois não fui liberado e tive que entrar na Justiça", disse.
"Nesse período de 2019, eu tinha acabado de casar. A vida estava andando e de repente eu tomei uma rasteira. Eu pensei em parar de jogar, porque tinham clubes me querendo e eu não podia ir porque não era liberado. Eu não recebia salário, estava com dificuldade para pagar as contas, porque não tinha renda. Nesse meio tempo eu tinha dois tios que moravam nos Estados Unidos e pendei em ir morar lá. Minha família disse para esperar um pouco, que não era momento, foi quando me segurei, e no final deu tudo certo", completou.
Em sua volta aos gramados, o meia passou a atuar na Bulgária, onde defende atualmente o Beroe com o objetivo de se classificar para a Liga Europa. As metas de Octávio não se resumem a um futuro próximo. Para a sequência de sua carreira, o jogador sonha com um retorno ao futebol braisleiro.
"Eu sonho em voltar para uma liga que tenha mais expressão. Sonho sim em um dia voltar a jogar no Brasil, na Série A. Eu tenho o sonho de voltar a vestir a camisa do Botafogo, porque é o clube que me criou e grande parte da minha família é botafoguense e também tenho sonho de vestir a camisa do Vasco, acho a torcida muito fera e todo meus amigos que jogam lá falam super bem", concluiu.