Nelson de Almeida diz que Vasco entrou com recurso para evitar penhora e que

Dentro de campo, o Vasco procura as vitórias. Fora dele, busca o alívio financeiro. Há meses o clube esbarra em burocracias para receber a segunda cota do patrocínio da Eletrobras, avaliada em R$7 milhões. Mas o dinheiro pode ir embora antes de entrar nos cofres. No início da semana, o advogado Luis Roberto Leven Siano entrou com uma ação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-RJ) pedindo o bloqueio das contas vascaínas para o pagamento de R$600 mil ao ex-atacante Donizete. A decisão sairia ontem, mas foi adiada. Representante também de Euller e Edmundo, Leven Siano faz o aviso:

— A cota do patrocínio ainda nem saiu e já pode ser toda comprometida para o pagamento dos meus clientes. Fiz o pedido e a Justiça que vai decidir nos próximos dias. Mas tudo indica que a resposta será positiva.

Para resolver o problema de Donizete, Leven Siano pediu que os R$600 mil fossem dividido entre três receitas vascaínas: cotas de TV, Penalty e Eletrobras. Na última sexta-feira, o advogado penhorou a renda dos jogos do Vasco para outro de seus clientes: Euller. O montante da dívida é de aproximadamente R$3 milhões. Se a demanda de público nas próximas partidas não for satisfatória, o bloqueio das contas servirá também para esse caso e para sanar o débito com Edmundo, que cobra R$3,2 milhões.O advogado reforça que um acordo ainda pode ser feito para evitar futuros transtornos.

— O presidente do Vasco é deputado estadual. É ele quem faz as leis e precisa cumprí-las. Senão, começa a se enrolar — lembrou.

Segundo o vice-presidente jurídico do Vasco, Nelson de Almeida, o clube já entrou com um recurso para evitar a penhora das rendas.

— Mas sobre o bloqueio das contas ainda não fui informado — disse.