Nenê é conhecido por ser fominha. Aos 40 anos, privilegia atuar por equipes que oferecem ao meia a possibilidade de ter o máximo de minutos em campo. Pois bem, na versão 2022 que o Vasco construiu para si mesmo, o que não faltará ao jogador é oportunidade de atuar.
A equipe estreia no Estadual quarta-feira, contra o Volta Redonda, às 19h, no Raulino de Oliveira. Nenê é o mais tudo do elenco: o mais velho, o mais vencedor, o mais técnico, o mais goleador. Deverá ser o capitão, o cobrador de falta, de escanteios, de pênaltis. Aos jovens, servirá de para-raios das cobranças da torcida. Para os rodados que ainda não tiveram grandes campanhas na carreira, será a referência de como se portar em um time de tradição.
— Uma das minhas vantagens é conhecer esse clube, o torcedor sabe da minha vontade e da minha paixão. Estou preparado tanto dentro quanto fora de campo. Coisa normal, tento lidar da melhor maneira, com dedicação e sendo correto. As coisas vão acontecer naturalmente — afirmou o jogador.
Resta saber se conseguirá conciliar a longevidade mostrada até aqui com o nível que o time precisa para terminar entre os quatro primeiros da Série B, único objetivo real na temporada.
Nenê completará 41 anos em julho. Desde que retornou ao futebol brasileiro, em 2015, para defender o próprio Vasco, disputou seis temporadas completas, submetido às condições pouco favoráveis das competições locais: inchaço no número de jogos, viagens longas e campos nem sempre tão bons. Ainda assim, manteve média de 51 jogos por temporada.
O departamento de futebol do Vasco trabalha para mantê-lo bem pelo máximo de tempo que puder na temporada. O calendário este ano é positivo para isso, com os 38 jogos da Série B e mais as partidas de Estadual e Copa do Brasil que, dependendo do desempenho do time, podem não passar de 12.
— Entendo o torcedor, mas é preciso paciência. Teremos um time com a cara do Zé Ricardo — afirmou Nenê.