O empate em 1 a 1 com o Avaí na última rodada frustrou os vascaínos em função das circunstâncias da partida, mas passados 29 jogos, manteve a equipe com um desempenho melhor que o do Fluminense de 2009, ano em que o Tricolor emplacou o que consideram a maior arrancada para fugir do rebaixamento da história do Brasileiro dos pontos corridos.
Naquele ano, o clube das Laranjeiras era o lanterna com 25 pontos e cinco vitórias. Atualmente, o Cruzmaltino é o penúltimo colocado com 27 pontos e sete vitórias.
O grande desafio para o Vasco a partir de agora, porém, será o de manter o retrospecto de superioridade nas últimas nove rodadas, uma vez que seu rival teve sua disparada justamente nesta reta final, quando não perdeu mais, vencendo seis partidas e empatando três.
Em 2009, o Fluminense escapou do rebaixamento na última rodada somando 46 pontos. Alguns matemáticos apontam que em 2015 o corte será menor, podendo ser de 43 pontos. Se os cálculos prevalecerem, o time de São Januário precisará fazer mais 16 pontos nos 27 que ainda estão para disputar.
Atualmente, o site "InfoBola", do matemático Tristão Garcia, calcula em 85% o risco de rebaixamento do Vasco. Antes da série invicta atual de seis jogos - sendo cinco vitórias e um empate - o Cruzmaltino chegou a ter 99% de risco.
"Chegaram a me pedir para calcular em que rodada seria sacramentado o rebaixamento do Vasco, mas me neguei a fazer em respeito ao Vasco e, principalmente, por achar que ainda não era o momento. O Vasco está vivo e cada jogo é uma decisão", disse Tristão Garcia ao Sportv.
Em 2009, Tristão chegou a se tornar um "vilão" dos tricolores e acabou sendo a maior vítima quando o Fluminense conseguiu a improvável escapada, com muitos torcedores dedicando cartazes bem humorados ao matemático.
Motivador que ajudou Flu é descartado
No momento mais desesperador do Vasco na tabela, o técnico Jorginho recorreu a um velho amigo que tem como fama "salvar casos impossíveis". O coach Lulinha Tavares, que é da comissão técnica do Bahia e que chegou a ser contratado para ações pontuais até o fim do Campeonato Brasileiro.
O profissional trabalhou com Jorginho no Flamengo, Figueirense e Ponte Preta e ganhou fama com o que realizou no Fluminense, em 2009, e no Palmeiras, em 2014, outro clube que se livrou do rebaixamento no apagar das luzes.
Seu trabalho no Vasco, porém, não durou mais que uma rodada. Ele chegou a São Januário antes da partida contra o Internacional, viajou com a delegação para Porto Alegre (RS), mas após a tramáutica goleada por 6 a 0, não resistiu e caiu por ordem do presidente Eurico Miranda.
Atualmente, na área psicológica, o Cruzmaltino conta com a psicóloga Maíra Ruas, que é funcionária do clube.