Quatro gols, quatro assistências e participação direta ainda em outros dois. Os números evidenciam a importância de Nenê para o Vasco. Dos 12 gols marcados pela equipe em 2016, meia-atacante foi determinante em dez - 83,3% - e retribui tecnicamente todo esforço realizado pelo clube no início do ano para mantê-lo por mais três temporadas. Quinta-feira, diante do Friburguense, no entanto, o camisa 10 não estará em campo. Teste para um time que, mesmo com 100% de aproveitamento e vaga antecipada na próxima fase do Carioca, precisa provar que não é refém de seu craque.
Com o terceiro cartão amarelo recebido diante do Tigres, sábado, Nenê não estará à disposição de Jorginho pela primeira vez desde que chegou ao Vasco. Da estreia, em 15 de agosto, contra o Coritiba, até o duelo contra o time de Friburgo, o Cruz-Maltino disputou 29 partidas e o camisa 10 só não jogou no empate com o São Paulo, pela Copa do Brasil, porque o treinador poupou os titulares. Ao todo, são 28 jogos e 13 gols.
Já nas graças da torcida pelo que fez em 2015, Nenê conseguiu melhorar ainda mais seu rendimento no início deste ano. Artilheiro vascaíno com quatro gols - três de pênalti -, ele foi garçom ainda de Riascos, duas vezes, Thalles e Rodrigo. No quarto gol na goleada sobre o Madureira, foi dele o lançamento que deixou Éder Luis livre para rolar para Riascos, além de sofrer e cobrar a falta que resultou no gol de Rafael Vaz na vitória sobre o Flamengo. Motivos de sobra para deixar o torcedor, no mínimo, curioso para saber como o time vai reagir sem sua presença.
Em treinamento terça-feira, em São Januário, Jorginho deu indícios de que poupará outros titulares diante do Friburguense. Mateus Pet e Pikachu dividiram a função de armação de jogadas. Após a vitória sobre o Tigres, o treinador lamentou a ausência de Nenê, mas lembrou que o mais importante é tê-lo no clássico de domingo.
- É uma coisa que iríamos enfrentar em qualquer momento. Não é bom ficar sem o Nenê, mas conseguimos os três pontos, que eram fundamentais, e podemos fazer algumas observações. Vamos tê-lo contra o Botafogo, que é fundamental.
Madson seguiu a mesma linha de raciocínio do comandante e tentou ver um ponto positivo na suspensão do craque:
- Todos sabemos o bom momento que o Nenê está vivendo. É até interessante ele não jogar, para a equipe ver como vamos nos comportar sem ele. O Jorginho vai poder fazer experiências, observações na equipe.
Para mostrar que segue forte mesmo sem Nenê, o Vasco entra em campo quinta-feira, às 19h (de Brasília), para pegar o Friburguense, em São Januário, pela sexta rodada do Campeonato Carioca. Com 15 pontos, a equipe lidera o Grupo A e está classificada para segunda fase.