Mais do que o brilho individual de Edilson nas decisões, o gol de Valdiram ou a habilidade de Morais, sobressaiu no Vasco que eliminou o Fluminense da Copa do Brasil a força do conjunto.
Não é exagero dizer que houve uma vitória tática do time cruzmaltino sobre o tricolor. A defesa vascaína, tão criticada nos primeiros meses do ano, tornou-se insuperável para o ataque tricolor, badalado como um dos melhores do país. Em 180 minutos, o Fluminense só conseguiu fazer um gol - de pênalti.
Mesmo com o Flu tendo mais posse de bola nas duas partidas, em nenhum momento o confronto saiu do controle do Vasco. A tática de recuar para seu campo com todos os jogadores - até os atacantes -, apertar a marcação para roubar a bola e partir em contra-ataques mortais deu muito certo (veja ao lado reprodução da tática).
Técnico ainda em início de carreira, Renato Gaúcho chega a sua primeira final com grande parcela dos méritos da boa campanha. Ele reconhece que vive o melhor momento na nova função no futebol.
- Sinto que estou num bom momento na carreira, estou orgulhoso do meu trabalho. Por ter sido jogador, sei o que eles gostam de ouvir.
É uma vantagem em relação a outros técnicos - disse Renato.
Sobre a tática, o treinador credita aos jogadores o mérito da transformação pela qual o time passou desde o Campeonato Carioca.
- O principal foi a mudança de atitude. Os jogadores estão com outro comportamento, unidos, querendo vencer. É só ver que em todo lance que um adversário domina a bola, já tem dois nossos em cima, sem dar espaço - disse.
Para quem estava acostumado a carregar o piano sem ajuda na marcação, então, o esquema mais solidário foi uma bênção.
- Melhorou muito para a gente lá de trás. Estamos entrosados, marcando forte na defesa, com ajuda de todos - diz o volante Ygor.