Alexandre Campello e Alexandre Faria deixaram sua marca no modo com que o Vasco foi ao mercado atrás de reforços nesta janela de transferências. O clube baixou a média de idade dos contratados em relação ao ano passado e também reduziu a duração dos contratos. Para completar, implementou uma novidade no histórico recente de transações do clube: o empréstimo envolvendo percentual dos direitos econômicos.
Foram oito reforços anunciados até agora e somente Bruno César destoa do perfil — ele veio em definitivo ao Vasco e já possui uma idade mais elevada, 30 anos. O negócio foi feito pelo mesmo representante que intermediou as vindas de Leandro Castán e Maxi López ano passado e repetiu a linha.
Mesmo com Bruno César, os oito reforços da atual janela têm média de 25,1 anos, menor que a de 27,8 anos dos contratados na transição da gestão Eurico para a de Campello. É inferior também à média de 2017: 25,8 anos.
Outra mudança foi a diminuição na duração dos contratos. Somente Bruno César, Ribamar e Cláudio Winck têm vínculo de dois anos, o restante é somente até dezembro. O contraste com a estratégia adotada na janela do verão passado é gritante: Desábato, Rildo e Werley assinaram por duas temporadas. Rafael Galhardo e Riascos, por três.
No modelo favorito da diretoria para fazer negócio, o Vasco ficou mais dependente dos empréstimos. Sete dos oito que vieram têm os direitos vinculados a outros clubes e ano passado somente Fabrício e Giovanni Augusto chegaram assim. Para compensar, a diretoria fez dois empréstimos mais longos - os de Ribamar e Winck - e durante o período terá 50% dos direitos econômicos. Normalmente, o Vasco seria apenas indenizado caso o detentor dos direitos decidisse negociá-los.
Até o fim da semana, o Vasco espera obter a liberação do Shenzhen, da China, para contratar Rossi. Caso venha, o atacante seguirá o perfil dos outros reforços - 25 anos, contratado por empréstimo e com vínculo curto, de apenas uma temporada.