Se eu fosse Romário teria parado de jogar em maio de 2005, após aquele amistoso da Seleção contra a Guatemala. O Brasil inteiro o ovacionou e ele sairia por cima. Bem, eu agiria assim, mas respeito sua decisão de seguir em frente. Agora, vejam só que fenômeno: hoje, dia seguinte à primeira rodada da maioria dos estaduais, 90% da comunidade do Jogo Aberto passou o tempo inteiro discutindo o Baixinho.
Uma segunda-feira modorrenta de verão. O Brasil suando em bicas e todo mundo falando de Romário. E ele nem fez gol contra o Madureira. Mas não teve jeito. Ipanema bateu boca com Uberlândia. São Paulo se manifestou. Porto Alegre palpitou. E até Niterói e Petrópolis, na figura desse quarentão que vos escreve, meteram a colher.
Nem me interessa mais se Romário deve parar de jogar ou não. Agora, se eu fosse ele, iria até o milésimo gol. Mas faria questão de só marcar em jogos oficiais e sérios (essa é a minha ressalva). De resto, amigos, fica a constatação. Bom ou ruim. Cansado ou inteiro. Careca ou cabeluldo. Pintado ou grisalho. Veloz ou lento. Marrento ou humilde... Romário ainda incomoda. E isso, sinceramente, ninguém discute.
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