Jornalista não é torcedor. Por mais que tenha clube de coração (ninguém é filho(a) de chocadeiro(a)) e torça para que o futebol sempre esteja em alta, não pode fingir que vive no nirvana. É nossa obrigação profissional constatar que, após 15 rodadas, o Brasileirão 2012 vai mal. Jogos ruins, gramados terríveis, estádios improvisados, árbitros medonhos. Parece um daqueles combinados do tipo arroz maluco - você bota um monte de coisa no prato, faz um mexidão, engole, mata a fome e finge que está satisfeito. A azia, porém, é permanente.
O Atlético-MG, líder, é uma boa exceção. O Vasco vem com segurança. O Flu é pragmático. Os gaúchos se sustentam. Mas e o que mais, meus amigos? 18 empates de 0 a 0. Vejam que marca horrenda! O futebol brasileiro hoje tem condições econômicas e recursos para organizar o seu melhor campeonato de forma bem mais honrosa. O Brasileirão é nosso bálsamo. Não podemos tratá-lo com alma de vira-lata. Que fique a esperança que tudo se transformará a partir desse fim de semana, quando teremos a primeira grande decisão desse evento: Atlético-MG x Vasco, em Belo Horizonte. Que voltemos a sorrir. E esses insuportáveis 0 x 0 vão para a reciclagem total no lixão de Mãe Lucinda.
Postado por: Cristiano Mariotti @crismariottirj