Ali, pelos 25 minutos do primeiro tempo, pensei comigo mesmo enquanto comentava o até aquele momento razoável clássico entre Fluminense e Vasco.
Vai ser jogo de poucos gols. 1 a 0 para qualquer lado. Talvez 1 a 1
. Mais do que isso, será difícil.
Fim do primeiro tempo: 0 x 0. E, com 15 minutos do segundo, com a bola maltratada e com a melhor chance de gol chutada por Éder Luís na direção da bandeirinha de corner, voltei a fazer uma auto-reflexão. Logo depois, fiz questão de repassá-la aos espectadores do PFC.
O fantasma do 0 a 0 paira sobre o Engenhão. E dificilmente isso mudará.
Não tinha como ser diferente. O clássico da quinta rodada da Taça Rio sempre teve jeito de 0 a 0. O que salvou foi o primeiro tempo, quando o Vasco foi um pouco melhor, teve uma bola na trave chutada por Éder Luís, uma conclusão de Bernardo transformada em milagre por Ricardo Berna e o Fluminense, desgastado pela epopéia contra os mexicanos, ainda tinha pernas e fôlego para buscar algo mais.
No segundo tempo, baixou de vez a fadiga entre os tricolores. E o Vasco não aproveitou. Errou demais. Felipe cansou, pediu para sair e a serenidade do time terminou de vez. Diego Souza estava mal. Bernardo, idem. No Fluminense, Emerson, Conca e Fred também não funcionavam. E o calor inclemente, com o Engenhão abafado demais, também atrapalhou. E ainda teve o medo de perder dos dois lados. A partir de certo momento, administrar o 0 a 0 não foi mal negócio. Principalmente para o Vasco, que segue líder. E, para o Fluminense, em terceiro, não há mais clássico há jogar na Taça Rio. Foi ruim demais. Ainda bem que acabou. Ninguém merecia mais aquela agonia.