Bernardo não esconde de ninguém que se inspira em Juninho Pernambucano e até voltou a elogiá-lo na última semana, durante entrevista coletiva. Mas poucos sabem que a admiração começou por intermédio do pai, quando ainda dava seus primeiros chutes. Entre os anos de 1991 e 1993, Hélio era um dos principais jogadores do Sport. Na mesma época, começava a surgir na base do clube um garoto franzino, com bom arremate, que mais tarde passaria a ser chamado carinhosamente de Reizinho.
Apesar de não ter feito muito fama, o ex-atacante Hélio viveu o auge de sua carreira no Sport e o pequeno Bernardo era praticamente mascote, acompanhando o pai em quase todos os jogos. E essa é uma das primeiras lembranças que o meia tem do mundo da bola.
Meu pai me levava aos jogos e sempre conversa comigo, dos tempos de jogador. A primeira vez que ouvi falar no Juninho foi com dele. Dizia que eu batia na bola como ele. Com isso, passei a acompanhá-lo e virei fã explicou o meia.
Por questão de meses, Hélio e Juninho não jogaram juntos. Em meados de 1993, o pai de Bernardo foi para o futebol português, defender o União Leiria. No fim do mesmo ano, o Reizinho fazia sua estreia pelo profissional do Sport.
Não tive fama, mas no Sport fui tão ídolo quanto o Juninho. Infelizmente não jogamos juntos. Era um garoto que batia bem na bola. Eu o vi começando. Bernardo, desde garoto, tinha essa qualidade. Lembrava o Juninho destacou o pai do meia.
A frustração de não ter jogado com Juninho Pernambucano pode virar um desejo realizado pelo filho. Hélio torce para que o Reizinho acerte com o Vasco no meio do ano para vê-lo ao lado de Bernardo. Mas ele mostra um certo ciúmes quando é questionado sobre quem é o maior ídolo de seu filho: O Juninho é craque e o Bernardo se inspira nele. Mas espero que ídolo mesma seja eu. Pelo menos isso.
(Matéria reproduzida diretamente da versão papel do Jornal Lance)