Conversa com Carille no vestiário
- É uma decisão administrativa, da gestão, muito difícil. Como te falei, o ambiente lá dentro é muito agradável, mas a gente precisava mexer, porque comecei a sentir que vamos ter uma sequência que é ruim pra quem assume também. Felipe assume de forma temporária, não vai ter tempo pra treinar. A gente joga quinta-feira em Ponta Grossa, depois Brasília, Venezuela, volta pra jogar em Salvador e vai pra Argentina. É um ponto de interrogação também pra quem fala sobre futebol e pra própria torcida: o que vai ser exigido do próximo treinador? Qual jogo vocês vão querer do próximo treinador se não tem tempo de treinar? O Carille pagou um preço por isso também. Teve um tempo interessante com a eliminação no estadual, mas a gente joga terça, sábado, quinta, domingo. Não tem tempo pra ele fazer os ajustes, por isso não posso ser injusto e colocar toda a responsabilidade nele. Assumo toda a culpa que tenho nesse processo. Vou falar agora no hotel, porque voltamos para jantar, e aí vou comunicar para os atletas. Mas é sempre muito difícil a minha conversa com demissão, não foi a primeira. É sempre muito delicado.