Em arbitral realizado, ontem, na sede da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, representantes dos 15 clubes que estiveram presentes decidiram aumentar o preço dos ingressos para todos os estádios nos jogos do Estadual, que começa no próximo sábado (o Macaé não mandou dirigente). No entanto, para a medida entra em vigor, precisa ser autorizada pelo Ministério Público (MP). E o promotor Rodrigo Terra não vê motivos para atender ao desejo.
Rodrigo Terra lembra que, em 2008, os clubes tomaram atitude semelhante, que foi vetada depois.
A Federação foi condenada a devolver o valor em juízo. Não vejo justificativa para um aumento, disse o promotor.
Cientes de que o aumento precisa ser autorizado pelo MP, Flamengo, Vasco, Botafogo e Fluminense criaram uma comissão que vai se reunir com o promotor Rodrigo Terra na segunda-feira.
Não sei o que eles vão alegar, mas, inicialmente, não vejo justificativa para o aumento, afirmou.
A proposta de aumento para o Maracanã foi sugerida por Marcos Braz, vice de futebol do Flamengo, presente à reunião. Para semifinais e finais, fases nas quais todos os jogos serão no estádio, os valores seriam revistos. Depois, dirigentes dos demais clubes anunciaram seus aumentos. Em São Januário, por exemplo, a arquibancada custaria R$ 40, a cadeira, R$ 50, e a poltrona, R$ 90, com desconto para sócios.
MARACANÃ CORRE RISCO
Para Rubens Lopes, presidente da Ferj, o aumento tem fundamento: Existe uma enxurrada de carteiras de estudantes e a lei não permite uma limitação da meia-entrada.
O dirigente também afirmou no arbitral que não assinará o convênio com a Suderj, inviabilizando assim o uso do Maracanã no Campeonato Estadual, caso os clubes que mandarão seus jogos no estádio não apresentem um projeto de mudança no sistema de vendas e distribuição de ingressos e de acesso dos torcedores.
Na próxima terça-feira, Flamengo, Fluminense e Vasco (clubes que mandarão jogos no Maracanã) vão se reunir com o presidente da Ferj para apresentar seus projetos.