O presidente Alexandre Campello sofreu o primeiro revés decorrente da base política frágil dentro do Conselho Deliberativo do Vasco. Na madrugada deste sábado, foi adiada a definição quanto ao pedido de empréstimo na casa de R$ 38 milhões defendido pelo dirigente para manter as contas do clube em dia até dezembro. Ficou decidido que ele terá de apresentar documentos ao Conselho Fiscal vascaíno para comprovar a necessidade do aporte financeiro.
A discussão acalorada na Sede Náutica da Lagoa terminou com um resultado apertado: 89 conselheiros votaram a favor do adiamento, enquanto que 88 foram a favor a aprovação do empréstimo, desejo de Alexandre Campello e sua diretoria. Não foi colocada em votação a reprovação do empréstimo.
A proposta de adiamento da votação foi uma vitória da oposição, especialmente dos grupos Sempre Vasco, de Julio Brant, e Identidade Vasco, de Roberto Monteiro. O grupo de Brant chegou a protocolar um pedido de adiamento da votação antes da sessão, o que foi recusado. No fim das contas, teve o desejo atendido.
Alexandre Campello iniciou a reunião do conselho apresentando um panorama da condição financeira do Vasco, com números e explicações com a tentativa de convencer os conselheiros da necessidade do empréstimo de R$ 38 milhões, com receitas futuras de direitos de transmissão como garantia.
Entretanto, opositores questionaram alguns números apresentados nos slides e pediu por mais transparência nos dados. Na votação, o cenário dividido se confirmou, mas no fim venceram os conselheiros insatisfeitos com a explicação de Campello.