O lateral-direito Rafael Galhardo deseja deixar o Vasco e, na semana passada, moveu ação contra o clube pedindo rescisão unilateral, cobrando R$ 2 milhões entre salários atrasados, não recolhimento de FGTS e verbas rescisórias. A juíza Letícia Belivacqua Zahar, substituta da 78ª Vara do Trabalho do Rio, porém negou.
Enquanto tentava se desvincular do Vasco, o atleta de 28 anos viajou a Portugal e acertou com o Marítimo após ser aprovado em exames, algo que foi noticiado pela imprensa local. Como ainda está sob contrato, a diretoria vascaína não o liberou. À reportagem do ge, Galhardo lamentou o litígio e o fato de o clube português ter desistido de contratá-lo em função do imbróglio.
- Estou voltando pro Brasil, fiz exames no Marítimo e estava tudo acertado com o clube português, seria uma boa oportunidade de poder voltar a jogar. Mas não teve a liberação do Vasco dentro do prazo que o Marítimo solicitou, teve um segundo prazo que também não veio nada do Vasco. Fico triste pois é minha profissão e quero poder exercê-la, meu desejo é voltar a jogar. Preciso retomar a minha carreira e espero que entendam o que estou passando.
- É complicado não poder exercer aquilo que decidi para a minha vida profissional, eu vivo do futebol para mim e para minha família. Mas volto para cumprir todas minhas obrigações com o Vasco, como sempre fiz, e espero que tudo se resolva e, em breve, eu possa voltar a fazer o que amo - afirmou Galhardo ao ge.
Posição do Vasco
O Vasco se incomodou com a condução do caso pela parte de Rafael Galhardo. Dentro do clube há a versão de que foi dada uma carta de liberação que garantia ao atleta uma saída sem custos. Esta liberação, porém, seria condicionada a um acordo com a diretoria para alinhar a rescisão.
Ainda de acordo com informações vindas de São Januário, após um prazo de 30 dias pedido pelo atleta para procurar um clube entre julho e agosto, houve uma reunião entre as partes para iniciar as negociações pelo acordo. Três dias depois, a advogada ligou para a diretoria e informou que havia acionado o Vasco.
Como Galhardo viajou para Portugal, passou por exames e acertou com o Marítimo, o Vasco encerrou conversas por uma eventual liberação. Não o liberá sem que antes se chegue um acordo. Se não houver um entendimento, o clube aguardará o desfecho do processo.
Advogado que defende o Vasco no caso, Paulo Reis garante que a postura do clube foi correta,.
- Pelo que fiquei sabendo, ele pediu uma liberação para negociar com outro clube. Após o Vasco dar a liberação, ele entrou com uma ação na Justiça. Acho que foi até uma forma antiética da parte dele. Ele pegou o documento e o usou para tentar a rescisão do contrato de trabalho. O Vasco não cometeu nenhum deslize. Ele que não teve um comportamento ético e agora tem que se reapresentar - afirmou Paulo Reis.
Contratado em 2018, Galhardo tem 22 partidas como vascaíno. No ano passado, foi emprestado ao Grêmio. Voltou no início da temporada, mas ainda em janeiro foi informado de que não fazia parte dos planos do clube. A exemplo de Raul, que foi para o Bragantino,