Ramon sofreu um novo golpe pouco mais de um ano depois. A lesão no joelho esquerdo do lateral, sofrida na partida contra o Atlético-PR, deixará o Vasco sem seu capitão por no mínimo seis meses. Em 2017, foi o mesmo problema, só que na articulação da perna direita, e o retorno aos gramados levou sete meses. Quem convive com o jogador revela que o abatimento é dos grandes.
Os exames concluídos na sexta-feira revelaram que, além de romper o ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo, o jogador lesionou o menisco lateral e o ligamento colateral medial. Está marcada uma operação para o começo da semana que vem. Ainda não está decidido se serão os médicos do clube ou o especialista Rene Abdalla, que realizou o procedimento de 2017, o responsável pela cirurgia de agora.
O certo é a preocupação de todos em São Januário com o jogador. O clube se manifestou nas redes sociais, em solidariedade ao lateral-esquerdo. O técnico Alberto Valentim manifestou tristeza, depois da partida contra o Furacão, com a nova lesão do comandado. Eurico Brandão, vice-presidente de futebol do Vasco na gestão passada, também registrou seu desejo de recuperação para Ramon.
Aos 30 anos, ele assumiu um papel novo na carreira em 2018. Conhecido pelo estilo irreverente na juventude, tanto que era apelidado de “Crazy Motta” na Turquia, onde jogou, passou a ser o capitão do Vasco este ano, com a responsabilidade de liderar o time na delicada tarefa de seguir na Primeira Divisão.
Quando retornou ao Vasco ano passado, ele ainda era visto com certa desconfiança pela torcida. Tudo porque, quando atuou pelo Flamengo, ele reclamou por ter sido vaiado e chamado de traidor pelos vascaínos.
Em campo e nas atitudes, recuperou seu espaço na Colina. Agora, terá de mais uma vez passar longo inverno no departamento médico.