Ramon e Fernando Prass comentam broncas de Celso Roth

O estilo mudou. E surtiu efeito. Pelo menos nas palavras dos jogadores, as broncas, os gritos, as instruções, as alterações e, até as músicas, foram proveitosas. Celso Roth comandou seu primeiro treino com bola no Vasco, nesta quarta-feira, em São Januário. Entre conselhos e cobranças, o método de trabalho chamou a atenção dos jogadores.

Mudou também a maneira de comandar. No início do ano, Vagner Mancini, mais tranqüilo na forma de tratar os atletas, era de poucos gritos e broncas. Em seguida, Gaúcho, ainda menos ativo, assumiu. Com Celso Roth é diferente. O jeito disciplinador, exaltado pelo presidente Roberto Dinamite na apresentação do treinador foi percebido durante a atividade, um treino tático de mais de uma hora e meia.

- Foi muito interessante e funcionou. É um método novo, que não estava acostumado, de bastante argumento, tática. O Celso fala bastante e fala nossa língua. Ele xinga quando erra, aplaude quando acerta, e tem que ser assim, com bastante força – disse o lateral-esquerdo Ramon, que admitiu ter levado uma bronca do técnico:

- Quando saímos em contra-ataque e recebi uma bola, o Caíque estava sozinho na intermediária. Eu poderia me aproximar do gol, mas ele pediu a bola. Toquei e errei o passe. Aí o Celso Roth disse que esse passe não é nem de craque, é de super craque. Depois cantou uma música de super herói e falou que não é para fazer aquilo.

Outro que comentou o primeiro contato foi o goleiro Fernando Prass. O jogador avisou que, se faltar atenção, a cobrança é ainda maior.

- Cada um tem seu método e o time tem que se adaptar. O trabalho do Celso é sempre muito intenso. Ele não dá tempo do jogador relaxar. Se o jogador descansar, relaxar, vai ouvir o grito. Se não escutar num tom, vai ouvir no outro, até que as coisas aconteçam como ele quer – afirmou o camisa 1.