O empenho para resolver o caso Índio deu resultado: o contrato assinado na última quarta foi regularizado nesta quinta, último dia de inscrições para o Campeonato Carioca. Assim que o compromisso apareceu sem pendências no site da Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj), o Vasco realizou mais uma mudança na lista de 31 jogadores inscritos. Depois de Aislan entrar na vaga de Jean Patrick, foi a vez de Marquinhos do Sul dar lugar a Índio.
O meia de 19 anos acabou sendo emprestado pela Penapolense, clube ligado a seus atuais empresários, até 8 de junho. O compromisso curto foi a forma encontrada para evitar que Índio ficasse fora do Carioca. Futuramente, se o clube, a DIS e a Elenko Sports acertarem os ponteiros e colocarem fim o imbróglio pelos direitos econômicos do jovem, o compromisso será prorrogado e terá três anos de duração.
Já Marquinhos deixou a lista de inscritos tendo participado de apenas duas partidas no estadual. Entrou nas etapas finais das partidas contra Madureira e Tigres, pela segunda e terceira rodada, respectivamente. Depois de fazer uma boa pré-temporada em Pinheiral, o atacante perdeu espaço na equipe e não vinha sendo nem relacionado.
Entenda o caso
Índio entrou na Justiça contra o Vasco no fim de 2013. Revelado nas categorias de base de São Januário, o meia pediu a rescisão unilateral de seu compromisso alegando atraso salarial e não recolhimento de direitos trabalhistas superior a três meses.
Através de uma liminar, o meia assinou com a Penapolense, clube paulista que já teve relações com a DIS e hoje é ligado à Elenko Sports, e chegou a ser apresentado. Após o Campeonato Paulista do ano passado, foi emprestado ao Santos, mas atuou apenas no time sub-20 - enquanto o processo na Justiça seguia correndo. Com a eleição do Eurico, a nova diretoria tratou com os representantes do atleta e Índio deixou a Vila Belmiro - após um acordo por novo atraso salarial - para voltar a São Januário.
Após ser anunciado em janeiro, Índio se viu envolvido em outro imbróglio extracampo: detentor de 20% dos direitos econômicos do jogador em seu vínculo anterior com o Cruz-Maltino, o grupo DIS cobrou a mesma fatia do atleta na sua volta ao clube. O contrato que está suspenso na Justiça - e, em tese, tem validade até maio - previa multa de R$ 20 milhões em caso de quebra. O futuro vínculo de três anos terá multa contratual de 5 milhões de euros (R$ 16,6 milhões).