O Santos perdeu a vantagem emocional que tinha contra o Vasco ao retornar para o segundo tempo, na avaliação do técnico Pedro Caixinha, em entrevista coletiva após a derrota por 2 a 1, em São Januário, neste domingo, na estreia no Campeonato Brasileiro.
— Teve uma coisa muito importante que nós criamos, que era ter o controle emocional do jogo. No final da primeira parte, a equipe adversária falhava em muitos passes, a equipe adversária e o público estavam incomodados. Foi com essa vantagem emocional que fomos para o intervalo — comentou Caixinha, sobre o término do primeiro tempo com o Peixe vencendo por 1 a 0, com vaias da torcida ao Vasco.
— Nós sabíamos que não podíamos confiar. A primeira mensagem que nós demos aos jogadores era de que tínhamos que fazer uma entrada no jogo, em particular nos primeiros 15 minutos, que fossem muito fortes, para aproveitar o momento como tínhamos terminado o primeiro tempo. É verdade que um ou outro jogador sentiu alguma dificuldade, eu não diria física, mas a sensação de que lhes faltava energia.
O técnico disse que Tiquinho Soares já "tinha alguma queixa no intervalo" e que seria uma substituição certa; que Álvaro Barreal, autor do gol santista, estava desgastado devido ao ritmo de jogo; e que Benjamín Rollheiser, apesar de altos e baixos, estava em uma dinâmica que o levou a ser trocado.
— Não teve queda de rendimento (físico). Deixe-me analisar o GPS. Mas, se analisarmos a questão física só por isso, eu diria que é um pouco redutora. De qualquer maneira, quando a equipe não tem a bola, sofre mais e tem que correr mais. Foi o que passou, em particular, nessa entrada do jogo e nos momentos em que demos oportunidade ao adversário para dar essa resposta.
Segundo Caixinha, as demais substituições nas partidas tinham a intenção de tentar arriscar e ter mais presença de área, na tentativa de reverter o resultado negativo, com os dois sofridos em jogadas aéreas, com falhas defensivas do Santos.
— O adversário aproveitou e muito bem. Uma situação do Vegetti, não na primeira bola, que ele dá assistência para o primeiro gol, porque é um jogador que, mesmo marcado, é difícil. Mas sim uma desatenção que foi o regresso dessa segunda bola. E depois, na cobrança da falta, onde tínhamos efetivamente um responsável para fazer a marcação, e um jogador com a qualidade do Vegetti não pode indiscutivelmente estar só na área, na forma como finalizou.
— A história do jogo é essa. Não é um resultado que queríamos. Em determinados momentos do jogo, fomos essa equipe que queremos ser e com essa imagem que queremos ter, mas não conseguimos ser na totalidade do jogo. Em particular, o momento do jogo eu que destaco são os dez primeiros minutos do segundo tempo, em que a equipe tinha que ter com outra maturidade, outra agressividade e outro controle do jogo para retirar ainda mais a iniciativa e o controle emocional do adversário.
Perguntado sobre Neymar e Soteldo, ambos desfalques por problemas musculares, Caixinha não quis responder.
— Não vieram e não vou falar sobre eles. Respeitamos todos que estão aqui. Fizeram um trabalho muito meritório em termos do que é nossa apresentação. Sempre que nós não tivermos um jogador aqui, seja Neymar, seja Soteldo, não vou falar. É desrespeito com os jogadores que estiveram aqui para fazer esse esforço.
O próximo compromisso do Santos no Brasileirão será contra o Bahia, na Vila Belmiro, no próximo domingo, 6 de abril, às 20h30.