Para um time sufocado por um 2013 desastroso, qualquer mínimo foco de atrito precisa ser cortado pela raiz. Um dia depois de afirmar que a torcida iria “encher o saco” a cada tropeço, o apoiador Bernardo usou uma rede social para se desculpar. Foi mais do que uma formalidade. A comissão técnica vascaína vem cercando os jogadores de cuidados para evitar que a pressão por resultados imediatos tire o time do rumo logo no começo da temporada — que promete ser de cobranças a cada partida.
— Há um cuidado especial com o aspecto psicológico, porque a cobrança será enorme e constante — afirma o diretor de futebol Rodrigo Caetano: — É uma realidade, os jogadores estão cientes e precisam saber conviver com isso. Bernardo quis expressar esse aspecto, de que é preciso ter tranquilidade para conviver com esse tipo de situação.
O time já sabe o que esperar da torcida na partida contra o Friburguense, domingo, em São Januário. Depois de dois tropeços seguidos — os empates com Boavista e Macaé —, qualquer resultado diferente de uma vitória poderá provocar uma reação ainda pior dos torcedores que ainda não viram o Vasco vencer este ano.
— Temos que entender a insatisfação por tudo que aconteceu no ano passado — afirma o atacante Edmílson: — A paciência do torcedor é menor, mas isso não vai nos afetar. Temos que transformar essa pressão em motivação e vencer os jogos. Esse é o melhor remédio.
No domingo, a equipe terá pelo menos uma mudança, já que Pedro Ken, expulso contra o Macaé, terá que cumprir suspensão. A tendência é que o técnico Adílson Batista coloque Montoya ou Bernardo em seu lugar. Para quem joga na frente, a escalação de um jogador de criação no meio-campo pode ser fundamental para ter mais chances de finalizar.
— Estamos lutando, tentando criar, mas, com a entrada de um meia, talvez a bola chegue mais — aposta Edmílson: — Adílson sabe o que é melhor.
Vasco
2
Cuiabá
1
