Tinha tudo para ser um insosso jogo-treino entre os reservas do Vasco e a Portuguesa Carioca.
Mas na arquibancada de São Januário dois garotos com os mesmos nome e idade observavam atentamente cada passo de um xará famoso. Um dos meninos de 13 anos era Romarinho, que assistia à atuação do pai. O outro, Romário Macedo, atacante da categoria mirim do Vasco, admirador do ídolo que inspirou o seu nome.
Enquanto Romarinho nasceu em Barcelona, na Espanha, Romário Macedo enfrentou dificuldades desde cedo em Arame, interior do Maranhão.
Mas nem mesmo a distância social foi capaz de separar os dois garotos da paixão pela bola. Apesar de já terem ouvido vários comentários um sobre o outro e integrarem as categorias de base do clube, somente ontem os Romários se encontraram, quando pararam para assistir aos passos do Baixinho.
- Nós nos conhecíamos de vista.
Ainda não o vi jogar, mas tenho escutado falar que é um bom jogador e sabe fazer gols. É legal um xará no clube e saber que ganhou o nome numa homenagem ao meu pai - afirmou Romarinho.
Bem mais tímido do que o xará ao lado, Romário Macedo confessou que admira o poder de finalização do camisa 11 e, por isso, passa o tempo livre que tem em São Januário atento aos movimentos do herói do tetra. Mas fez questão de retribuir os elogios feitos pelo xará que estava ao seu lado.
- Dizem que sua corrida é parecida com a do pai. Romarinho é muito humilde, conversa com todos e nem parece que é filho de um dos maiores jogadores do mundo - avaliou Romário Macedo.
Do campo, alguém gritou pelo nome do Baixinho. Da arquibancada, os dois garotos olharam e sorriram.
Talvez felizes por também atenderem por Romário.