O segundo rebaixamento vascaíno reforçou uma necessidade mais do que urgente do Vasco: corte de custos. Com dívidas trabalhistas, tributárias e cíveis, das mais recentes até as mais antigas, no fluxo mensal, a folha bruta do clube foi reduzida em mais de R$ 1 milhão. A permanência de Sandro Silva, Nei e Michel Alves, três que foram contratados no ano passado, no entanto, impede uma economia maior. Os três, juntos, recebem cerca de R$ 400 mil. Ou seja, até o último trimestre do ano, a soma dos salários de jogadores que não entraram em campo pelo time há oito meses passa de R$ 3 milhões.
O trio até recebeu propostas. Nei chegou a acertar com o Sport para jogar a Série A, mas depois alegou motivos pessoais para voltar a São Januário. Sandro Silva viveu situação parecida. Ele viajou, se apresentou ao Boa Esporte, da Segundona, mas desistiu e preferiu voltar ao Rio. Michel Alves recebeu sondagens, mas tampouco saiu do Vasco. O contrato do goleiro de 33 anos termina no fim deste ano. O lateral-direito e o volante têm vínculo mais longo. Nei tem contrato até 28 de janeiro de 2016, enquanto o contrato de Sandro expira um mês depois.
Além desse trio, que pesa no presente, outros dois que começaram o ano encostados e deixaram o clube ainda esperam receber na Justiça por salários e direitos de imagem atrasados. Wendel e o Vasco têm audiência marcada para novembro. O jogador, que hoje está no Sport, recebia quase R$ 300 mil. Na ação, Wendel pede cerca de R$ 5 milhões. Hoje no Santa Cruz, Renato Silva também entrou com ação para receber atrasados. O pedido do zagueiro chega a quase R$ 2 milhões. A tendência é que o Vasco tente acordo com esses jogadores, como fez antes com Alecsandro, Felipe, Fernando Prass e até Jonas, de breve passagem pela Colina vindo do Coritiba. Mas essa outra conta que só vai estourar para a próxima administração.