O Botafogo foi o mais bem colocado entre os cariocas no último Campeonato Brasileiro, ficando em quarto lugar e conseguindo uma vaga na Libertadores. E conseguiu esse desempenho usando mais jogadores da base do que seus três rivais estaduais.
Foram 18 pratas da casa no elenco alvinegro, contra 17 do Fluminense, 12 do Flamengo e nove do Cruz-Maltino. E eles também tiveram mais participação ao longo do nacional: a média no Bota foi de 2,8 jogadores da base começando uma partida como titular. Esse número cai para 2,3 no Fluminense e 1,8 tanto no Flamengo quanto no Vasco. Em apenas uma rodada - a 22ª - o time de General Severiano não teve qualquer jogador formado no clube entre os 11 titulares.
O anúncio de Eduardo Hungaro - que era dos juniores - como novo técnico dos profissionais e o sucesso de jogadores como Dória e Gabriel (além de Vitinho, vendido no meio do ano para o CSKA, da Rússia) reforçam a aposta da diretoria do Botafogo no aproveitamento caseiro também em 2014.
- O trabalho continua da mesma forma, vamos continuar integrados com os juniores. Vou estar presente sempre que possível. Acho que foi uma grande sacada do Botafogo nesta atual gestão. O Daniel já subiu, o Sidnei está subindo também. Temos uma turma muito boa para estar conosco a médio e longo prazo - disse Eduardo Hungaro durante sua coletiva de apresentação.
O Fluminense foi o time que mais usou suas pratas da casa nas substituições, com média de 1,7 jogador entrando por partida. Flamengo (1,2) e Botafogo (1,1) têm números parecidos e estão bem acima do Vasco (0,3). O Tricolor também é o time do Rio que mais teve seus jovens marcando gols no Brasileiro. Foram responsáveis por 12 dos 43 gols do time no campeonato, o equivalente a 28%.
Entre os técnicos das equipes cariocas, o que utilizou pratas da casa entre os titulares foi Dorival Júnior no Fluminense: média de 3,4 atletas. No outro extremo, está Jorginho, com média de 0,5 durante seu período no Flamengo. Um dado curioso é que a média de jogadores formados na base entre os titulares foi aumentando à medida que se trocou de técnico - exceção, claro, feita ao Botafogo, que manteve Oswaldo de Oliveira durante o campeonato.
Confira as médias dos cariocas no Campeonato Brasileiro:
BOTAFOGO
Pratas da casa no elenco principal: 18
Pratas da casa no time titular: 2,8 por partida
Pratas da casa em substituições: 1,1 por partida
Gols de pratas da casa: 8 de 55 (15%)
FLAMENGO
Pratas da casa no elenco principal: 17
Pratas da casa no time titular: 1,8 por partida
(Por técnico: 1,7 com Jorginho; 1,8 com Mano Menezes; 2,5 com Jayme de Almeida)
Pratas da casa em substituições: 1,2 por partida
(Por técnico: 0,5 com Jorginho, 1,5 com Mano Menezes, 1,2 com Jayme de Almeida)
Gols de pratas da casa: 2 de 43 (5%)
FLUMINENSE
Pratas da casa no elenco principal: 12
Média no time titular: 2,3 por partida
(Por técnico: 1,7 com Abel Braga; 2,3 com Vanderlei Luxemburgo; 3,4 com Dorival Júnior)
Pratas da casa em substituições: 1,7 por partida
(Por técnico: 1,6 com Abel Braga; 1,8 com Luxemburgo; 1,4 com Dorival Júnior)
Gols de pratas da casa: 12 de 43 (28%)
VASCO
Pratas da casa no elenco principal: 9
Pratas da casa no time titular: 1,8 por partida
(Por técnico: 1,2 com Paulo Autuori; 1,9 com Dorival Júnior; 2,3 com Adilson Batista)
Pratas da casa em substituições: 0,3 por partida
(Por técnico: 0 com Paulo Autuori; 0,3 com Dorival Júnior; 0,3 com Adilson Batista)
Gols de pratas da casa: 4 de 43 (9%)