Aliados em 2014 e de última hora em 2017 (quando Fernando Horta desistiu da candidatura), Jorge Salgado e Julio Brant, o primeiro pré-candidato confirmado à presidência do Vasco e o segundo ainda sem se lançar ao cargo, conversaram recentemente. Em meio à expectativa pela Assembleia Geral Extraordinária do domingo, que os dois apoiaram, apesar das ressalvas feitos por Salgado de falhas no processo, o grande benemérito e o nome da “Sempre Vasco” falaram amistosamente.
O encontro foi intermediado por Carlos Roberto Osório e serviu também para troca de ideias sobre a eleição prevista para novembro. Em 2014, Salgado declinou da candidatura e abriu espaço na política vascaína para um desconhecido Julio Brant, então com 37 anos. Três anos depois, Brant sondou Salgado para se lançar na cabeça da chapa, o que não aconteceu, e a "Sempre Vasco", com Alexandre Campello, foi para a disputa.
Desta vez, a situação é outra. No papo, os dois traçaram cenários para o pleito que se avizinha, avaliando a divisão política e possíveis alianças no clube. Os dois grupos - a "Sempre Vasco", de Julio Brant, e a "Mais Vasco", que lançou Salgado - não abrem mão da cabeça de chapa, o que inviabiliza por ora uma eventual união.
O ge consultou as assessorias de imprensa dos dois candidatos, que confirmam a conversa, mas apresentaram outras versões do teor deste bate papo. O encontro foi para debater o apoio à AGE e ao presidente da Assembleia Geral, Faues Cherene Jassu, o Mussa, conforme a assessoria da "Sempre Vasco". Da da parte de Salgado, mais um dos encontros que promove com pré-candidatos. Ele já esteve com Alexandre Campello, Leven Siano, Luis Manoel Fernandes, Nelson Medrado Dias e ainda vai encontrar Fred Lopes.
Salgado tem recebido apoios de antigos aliados de Julio Brant, como o próprio Carlos Osório, além do grande benemérito José Carlos Osório - isso porque parte do Mais Vasco, grupo que lançou Salgado, fazia parte da composição da Sempre Vasco na última eleição. Nelson Sendas, apoiador de Brant em 2017, ainda não se decidiu, mas a tendência é permanecer neutro na disputa.