Torcedor símbolo do Criciúma, que perdeu a mão direita após explosão de bomba caseira, supera o trauma e volta os estádios
O dia 25 de fevereiro será inesquecível para Ivo Costa, de 62 anos.
Torcedor símbolo do Criciúma, seu Ivo, como é chamado na cidade, teve a mão direita decepada após a explosão de uma bomba caseira, lançada por membros de uma facção do Avaí. No entanto, seu Ivo dá mostras de superação ao trauma. A promessa de não voltar mais ao Estádio Heriberto Hülse foi quebrada no dia 5 de março, quando assistiu à partida entre Criciúma e Baraúnas, pela Copa do Brasil.
Cansado das transmissões de rádio e de televisão, seu Ivo aceitou o convite da diretoria do Tigre e voltou ao estádio ontem para acompanhar o confronto entre Criciúma e Vasco, suas duas paixões.
É verdade. Embora seja apaixonado pelo Criciúma, desde que o clube se chamava Comerciário, Ivo Costa confessou seu carinho pelo Vasco, iniciado ainda na infância, quando jogava futebol pelas ruas da cidade.
– Sou Criciúma, mas no Rio torço pelo Vasco. Essa paixão começou quando defendi o Vasquinho, equipe criada no meu antigo bairro. Sou fã do Roberto Dinamite e gosto do Edmundo – disse seu Ivo, que gosta de chamar o Animal de “cabeça de bico”.
Dia 4 de maio, data da decisão do Catarinense contra o Figueirense, seu Ivo afirmou que sua presença é certa no Heriberto Hülse.
Quando menino, seu Ivo atuou pelo Vasquinho, time de seu antigo bairro, e passou a torcer pelo Vasco.