Apesar da elegância no trato com a imprensa e dos conceitos pretensamente avançados no trabalho de formação de times competitivos, o técnico Mílton Mendes ainda não conseguiu ultrapassar a barreira da desconfiança erguida em São Januário desde sua chegada ao Vasco, há pouco mais de dois meses.
Existe por parte dos jogadores discreta e velada insatisfação por conta do estilo linha dura, e um já perigoso e prematuro grau de descontentamento da torcida por conta das alterações equivocadas durante os jogos.
E É O QUE FAZ do clássico deste sábado, contra e Flamengo, em São Januário, um jogo ainda mais dramático para os vascaínos _ em especial para o treinador.
Além de ainda não ter conseguido a desejada solidez defensiva, Mílton Mendes estará sem os dois volantes titulares (Jean e Douglas), aumentando o risco de ter a defesa vazada por um adversário puxado pelo trio Diego, Guerrero e Everton Ribeiro.
Como se não bastasse, o técnico ainda não conseguiu vitória sobre o rival, empatando os dois confrontos em que comandou o time no Estadual _ 2 a 2 e 0 a 0.
POIS É BOM que Mílton Mendes tenha estudado e treinado com afinco uma fórmula de impedir a evolução deste Flamengo de Zé Ricardo, que ainda padece para mostrar um bom futebol, apesar de tantos bons jogadores.
Porque técnico que não consegue fazer o time vencer o do principal rival não costuma ter vida longa no Vasco do presidente Eurico Miranda.
De 2015 até hoje, último de mandato, já foram disputados 13 confrontos oficiais entre os dois, com o Vasco vencendo seis e perdendo apenas dois _ fora a derrota num amistoso.
E CHEGA a ser curiosa esta contabilidade:
Doriva perdeu um, empatou um e venceu a semifinal eliminatória no Estadual de 2015 _ caiu no Brasileiro.
Celso Roth assumiu, venceu o jogo de ida daquele ano _mas caiu antes dos confrontos pela Copa do Brasil.
Jorginho então assumiu e fez a festa, com uma invencibilidade de seis jogos neste duelo.
Entre o restante de 2015 e o Estadual de 2016, venceu quatro e empatou dois.
Saiu no final do ano, dando lugar a Cristóvão Borges, que acabou perdendo o único em que dirigiu o time.
Abre o olho, MM...