Uma parceria para a vitória foi o que Vasco e Ricardo Gomes firmaram no dia 2 de fevereiro, na assinatura do contrato. O treinador afastou o estigma de \"fracassado\", tirou o Cruzmaltino de uma fila de oito anos (excluindo a Série B) e conquistou seu primeiro título nacional em solo brasileiro, após levantar o caneco da Copa do Brasil, nesta quarta-feira, no Couto Pereira, na capital paranaense.
Cultuado na França, Ricardo Gomes nunca tinha conseguido se destacar em um clube brasileiro. De títulos, apenas um campeonato baiano e uma Copa do Nordeste pelo Vitória, em 1999. De campanhas ruins, até o fiasco de não levar a seleção para os Jogos Olímpicos de 2004, em Atenas, na Grécia. Em seu último clube, o São Paulo, ele \"conseguiu\" não levar o clube para a Copa Libertadores deste ano, fato que não ocorria há 8 anos.
A campanha do treinador à frente do Vasco é surpreendente. De um time em crise, eliminado precocemente da Taça Guanabara, primeiro turno do Campeonato Carioca, e com os dois principais jogadores à época afastados (Carlos Alberto e Felipe), sua aparente calma e constante motivação levou o Cruzmaltino a números consideráveis: Foram 25 jogos, xx vitória, xx empates e xx derrotas.
\"Sinto que este grupo corre pelo Ricardo. É uma liderança natural. Todos gostam muito dele e, principalmente, do trabalho que ele vem realizando. Ele ganhou o elenco e merece isso, por tudo que fez\", afirmou o presidente Roberto Dinamite.
Para chegar ao feito de poder gritar campeão, Ricardo Gomes teve de ajeitar alguns setores, principalmente o sistema defensivo. E ele se tornou um dos pilares do time, tendo Dedé e Anderson Martins em excelente fase. Sem contar em Felipe, que recebeu o aval para ser reintegrado ao grupo, e se transformou um dos \"maestros\" da equipe nesta Copa do Brasil.
Em apenas quatro meses de Vasco, Ricardo Gomes mudou a trajetória e reconstruiu a carreira de ambos, clube e treinador. O Vasco volta a ser um clube campeão e o treinador respeitado e qualificado como um dos \"top\" brasileiros.