O Vasco passou o primeiro tempo tentando levar o time à final da Taça Guanabara na base do contra-ataque e muito recuado. A tática só deu certo na etapa final, quando, contando com a velocidade de Eder Luis, a precisão do cruzamento do atacante aliada ao oportunismo e o bom posicionamento de Bernardo, o Cruz-Maltino abriu o placar e viu a vaga na final ficar mais perto.
Porém, mesmo já cansado, do outro lado, o time do Fluminense não se entregou. Chegou a estar à do placar, mas, em falhas da zaga duas praticamente iguais o Vasco, que só precisava do empate, ainda conseguiu a virada.
Eder Luis sentiu a correria do primeiro tempo, quando o primeiro chute a gol do Gigante da Colina aconteceu só aos 32 minutos, partiu dos pés dele. Gaúcho sentiu que o atacante chegou ao limite do esforço físico e o substituiu, já aos 36 da etapa final, pelo jovem Dakson. Deu sorte.
Talvez por ter observado os lances protagonizados por Eder Luis do banco, Dakson tratou de fazer tudo igual e seguir o companheiro mais experiente à risca. Aos 38, fez um cruzamento longo pela direita mirando a área do Flu e achou Romário, que não perdoou outra falha da zaga adversária e empatou.
Ali estava se consolidando o resultado que interessava ao Vasco para passar à próxima etapa da Taça Guanabara, que era a vantagem do empate. Poucos minutos depois, em um fina de jogo digno de um clássico deste porte, Bernardo, que já tinha feito o dele, cruzou direto para a área e encontrou Dedé, o Mito e ídolo vascaíno, que fechou a tampa do clássico e consolidou não só a vaga como a irretocável e emocionante vitória do Vasco no Engenhão.